a BÍBLIA para todos Edição Comum (BPT)
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Mensagem contra Tiro

261No décimo primeiro ano do nosso exílio, no primeiro dia do mês26,1 Em 587 a.C. O hebraico não especifica o mês., o Senhor dirigiu-me a palavra e disse-me: 2«Homem26,2 Ver nota a 2,1., os habitantes da cidade de Tiro gritam de alegria e exclamam: “Jerusalém, que era a porta das nações, foi deitada abaixo! O seu poder passa para nós, enquanto ela está em ruínas26,2 Tiro. Cidade fenícia construída sobre uma ilha. Sendo uma das mais poderosas cidades comerciais da época (ver 27,3), foi algum tempo aliada de Jerusalém contra os babilónios (ver nota a 21,33). Por Jerusalém passava um importante tráfego com destino a Tiro. Sobre 26,228,9, ver Is 23,1.!”

3Pois bem, eu, o Senhor, declaro agora que sou teu inimigo, ó cidade de Tiro. Farei com que muitas nações se levantem contra ti e te ataquem, ameaçadoras como as ondas do mar. 4Destruirão os muros da tua cidade e derribarão as tuas torres. Até o seu pó desaparecerá; não ficará mais do que as pedras nuas. 5Os pescadores secarão nela as suas redes, à beira-mar. Sou eu quem o afirma! Palavra do Senhor! As nações invasoras saquearão a cidade de Tiro 6e matarão à espada os habitantes dos seus campos. Então os habitantes de Tiro saberão que eu sou o Senhor.

7Eu, o Senhor, vos declaro que vou trazer o rei mais poderoso de todos, o rei Nabucodonosor da Babilónia, para atacar Tiro. Ele virá do norte com cavalos e carros e com um exército enorme. 8Aqueles que vivem nas tuas aldeias do interior serão mortos na batalha. O inimigo fará baluartes, rampas e virá com uma barreira sólida de escudos contra ti. 9Atacarão os teus muros com aríetes e derribarão as tuas torres com barras de ferro. 10À passagem dos seus cavalos, cobrir-te-ão nuvens da poeira. O trote dos seus cavalos, puxando carros e carroças, fará tremer os teus muros, à sua passagem pelas portas da cidade em ruínas. 11Os seus cavaleiros invadirão as tuas ruas e matarão os teus habitantes à espada. As tuas colunas imponentes26,11 Possível referência a duas colunas à entrada do templo do deus Melcarte, principal divindade de Tiro. serão deitadas abaixo. 12Os teus inimigos aproveitar-se-ão da tua riqueza e mercadorias; derribarão os teus muros e arrasarão as tuas casas luxuosas; atirarão ao mar as pedras e a madeira das casas, juntamente com os seus escombros. 13Porei fim a todos os teus cânticos e farei silenciar a música das tuas harpas. 14Só deixarei as tuas pedras nuas, onde os pescadores secarão as redes. E a cidade nunca mais será reconstruída. Sou eu quem o afirma. Palavra do Senhor!

15Eu, o Senhor, tenho a declarar-te, ó cidade de Tiro, que, quando estiveres a ser conquistada, os povos que vivem junto ao mar ficarão aterrorizados ao ouvirem os gritos dos que estão a ser mortos. 16Os reis das nações situadas à beira-mar, cairão dos seus tronos, tirarão as suas vestes e roupas de brocados e sentar-se-ão a tremer no chão, em sinal de luto. Ficarão tão aterrorizados por causa do teu destino que não serão capazes de deixar de tremer. 17E entoarão o seguinte cântico fúnebre em tua memória:

“Olhem como está em ruínas esta cidade famosa, rainha dos mares26,17 Em hebraico: povo (vindo) do mar.!

Antes os seus habitantes controlavam os mares

e aterrorizavam as pessoas que viviam à beira-mar.

18Hoje, que ela caiu,

as ilhas tremem de medo

e os seus habitantes ficaram espantados

com o seu fim.”

19Eu, o Senhor Deus, declaro que farei com que fiques tão deserta como cidades em ruínas, onde ninguém habita. Cobrir-te-ei com as águas vindas dos profundos oceanos. 20Mandar-te-ei para o mundo dos mortos, para que te juntes às pessoas que morreram, desde sempre. Farei com que ali fiques, nesse mundo subterrâneo, de eternas ruínas, a fazer companhia aos mortos. Como resultado nunca mais serás habitada, tu que já foste a melhor das cidades do mundo. 21Todos ficarão aterrorizados, ao ver que já não existes. As pessoas podem procurar-te, mas nunca mais te encontrarão. Palavra do Senhor