151Uma resposta amável acalma a cólera;
uma resposta violenta excita-a mais.
2A língua dos sábios embeleza a sabedoria;
da boca dos insensatos jorram tolices.
3Por toda a parte o olhar do Senhor
observa tanto os bons como os maus.
4A palavra reconfortante é árvore de vida;
a palavra perversa fere profundamente.
5O insensato despreza a correção de seu pai;
o que aceita as reprimendas mostra sensatez.
6Em casa do justo há grande riqueza;
os rendimentos do desonesto trazem-lhe infelicidade.
7As palavras dos sábios difundem saber;
a mente dos insensatos está vazia.
8O Senhor detesta as oferendas dos perversos,
mas recebe com agrado as preces dos justos.
9O Senhor detesta a conduta dos perversos,
mas ama os que procuram ser justos.
10Quem se desvia do bom caminho terá duro castigo;
detestar a correção conduz à morte.
11O Senhor conhece bem até as profundezas do inferno;
quanto mais os pensamentos do homem!
12O arrogante não gosta de quem o critica,
nem procura a companhia dos sábios.
13O coração alegre torna o rosto feliz;
o coração abatido provoca a tristeza.
14O inteligente procura saber mais;
o insensato alimenta-se de tolices.
15Para quem está aflito todos os dias são maus;
um coração alegre vive sempre em festa.
16Mais vale ser pobre e respeitar o Senhor
do que ser rico e viver angustiado.
17Mais vale comer um prato de legumes, onde haja amor,
do que a carne mais saborosa, onde haja ódio.
18O que é impulsivo provoca contendas;
o homem paciente apazigua-as.
19O caminho do preguiçoso é uma sebe de espinhos;
o dos justos é uma estrada ampla.
20O filho sábio alegra o seu pai;
o que despreza a sua mãe é o maior insensato.
21O insensato tem prazer nas suas tolices;
o inteligente escolhe uma conduta reta.
22Sem reflexão, os projetos fracassam:
o êxito depende de muitos conselheiros.
23É agradável encontrar a resposta apropriada;
que bom ter a palavra exata no momento certo!
24Para o entendido, o caminho da vida é a subir,
evitando a descida para o mundo dos mortos.
25O Senhor destrói a casa dos orgulhosos,
mas protege a propriedade da viúva.
26O Senhor detesta as más intenções,
mas agradam-lhe as palavras sem maldade.
27O que se dá à cobiça arruína a família;
o que recusa ser subornado viverá.
28O justo pensa antes de responder;
o perverso vomita calúnias.
29O Senhor afasta-se dos perversos,
mas escuta a oração dos justos.
30Olhos radiantes alegram o coração;
boas notícias dão novas forças.
31Aquele que aceita uma crítica construtiva,
terá o seu lugar entre os sábios.
32Quem recusa a correção prejudica-se a si mesmo;
quem aceita a repreensão adquire entendimento.
33Respeitar o Senhor é o cerne da sabedoria;
antes de receber honras é preciso ser humilde.
161O homem faz projetos,
mas o Senhor tem a última palavra.
2Ao homem parece-lhe bom tudo o que faz,
mas o Senhor é quem julga as intenções.
3Confia os teus assuntos ao Senhor
e realizar-se-ão os teus projetos.
4O Senhor criou tudo com um propósito;
o homem mau está destinado ao castigo.
5O Senhor detesta os orgulhosos;
tarde ou cedo, eles terão o seu castigo.
6Com amor e verdade se perdoa o pecado;
o mal evita-se respeitando o Senhor.
7Quando o Senhor aprova a conduta de alguém,
até reconcilia com ele os inimigos.
8Mais vale pouco, mas ganho honestamente,
do que grandes rendimentos com injustiça.
9O homem faz os seus planos,
mas é o Senhor quem dirige a realização.
10O rei fala com toda a autoridade;
não se engana quando pronuncia uma sentença.
11O Senhor exige as balanças certas
e decide os pesos que se devem utilizar.
12É intolerável que os reis pratiquem más ações16,12 Ou: Os reis não podem tolerar que se pratique o mal.;
só a prática da justiça dá firmeza ao trono.
13O rei deseja que se lhe fale abertamente
e gosta de quem lhe diz a verdade.
14A ira do rei é perigo de morte,
mas o homem sensato pode esconjurá-lo.
15Na serenidade do rosto do rei está a vida;
a sua benevolência é como chuva refrescante.
16Mais vale adquirir sabedoria do que ouro;
mais vale ter entendimento do que prata.
17O caminho dos honestos afasta-se do mal;
quem resguarda a sua conduta, guarda a sua alma.
18O orgulho conduz ao fracasso;
a arrogância conduz à queda.
19Mais vale viver modestamente com os pobres,
do que repartir tesouros com os soberbos.
20Quem escuta os bons ensinamentos16,20 Ou: Quem entende a palavra. encontra a felicidade.
Ditoso aquele que confia no Senhor!
21Chama-se inteligente ao que pensa sabiamente;
quanto mais uma palavra for amável, mais convence.
22Possuir bom senso é ter uma fonte de vida;
os insensatos têm o castigo na sua própria loucura.
23As pessoas sensatas refletem antes de falar
e assim utilizam palavras mais convincentes.
24As palavras amáveis são como um favo de mel:
agradáveis ao gosto e reconfortantes para o corpo.
25Há caminhos que ao homem parecem retos,
mas que afinal conduzem à morte.
26A fome estimula a atividade do trabalhador,
pois ele quer saciar o seu apetite.
27O malfeitor é um forno de desgraça:
as suas palavras são fogo abrasador.
28O homem rebelde provoca contendas;
o caluniador divide amigos íntimos.
29O homem violento engana o seu semelhante
e arrasta-o para o mau caminho.
30Pisca o olho quem pensa fazer mal;
morde os lábios quem já o fez.
31Os cabelos brancos são uma coroa de glória,
quando embranquecem no caminho da honradez.
32Vale mais ser paciente do que ser valente;
mais vale saber-se dominar a si mesmo
do que conquistar uma cidade.
33O homem lança os dados no saco16,33 Alusão a um antigo costume de lançar os dados para conhecer a vontade de Deus.,
mas é o Senhor quem dá a decisão.
171Mais vale pão seco comido em paz
do que banquete em casa cheia de contendas.
2O servo prudente tomará o lugar do filho indigno
e terá parte na herança como mais um irmão.
3O ouro e a prata são provados pelo fogo,
mas é o Senhor quem prova a qualidade dos homens.
4O malfeitor dá ouvidos às palavras perversas;
o mentiroso escuta a má língua.
5Quem troça do pobre insulta o seu Criador;
quem se alegra com a desgraça alheia
não ficará sem castigo.
6Os netos são a coroa dos velhos;
o orgulho dos filhos são os seus pais.
7A linguagem distinta não fica bem ao insensato;
nem a um dirigente a linguagem falsa.
8Quem pratica o suborno vê nele uma varinha mágica,
que alcança tudo o que pretende.
9Esquecer uma ofensa cria laços de amizade;
insistir nela separa os maiores amigos.
10Uma reprimenda cala mais fundo nos inteligentes
do que cem vergastadas nos insensatos.
11O revoltoso só procura fazer mal;
mas contra ele será enviado o mensageiro cruel.
12Mais vale encontrar uma ursa enfurecida,
por lhe terem roubado os filhotes,
do que um estúpido a dizer tolices.
13Todo aquele que paga o bem com o mal
jamais verá a desgraça sair da sua casa.
14Começar uma contenda é como abrir um dique:
afasta-te antes que ele rebente.
15O Senhor detesta aquele que absolve o culpado
bem como aquele que condena o inocente.
16De que serve ao insensato ter dinheiro
para comprar sabedoria, se não tem juízo?
17Um amigo que mantém a amizade
é como um irmão em ocasiões difíceis.
18É insensato quem, com um aperto de mão,
fica por fiador das dívidas de outro.
19Quem gosta de ofender provoca querelas;
quem se vangloria17,19 Literalmente: quem engrandece a sua porta. atrai a ruína.
20O homem de coração perverso não encontra o bem;
o que espalha embustes cairá na desgraça.
21Ter um filho insensato é realmente triste;
o pai de um louco não pode ter alegria.
22Coração alegre dá saúde ao corpo;
espírito abatido seca os ossos.
23O homem desonesto aceita presentes em segredo,
para desviar o curso da justiça.
24A sabedoria está no rosto do homem sensato;
os olhos do estúpido vagueiam pela terra.
25O filho insensato causa irritação ao seu pai
e amargura àquela que o deu à luz.
26Não é justo multar quem está inocente,
nem punir o que procede com retidão.
27Aquele que poupa palavras é pessoa de saber
e o homem sensato reflete com frieza.
28O insensato passa por sábio e prudente,
quando fecha a boca e se cala.