1401Ao diretor do coro. Salmo da coleção de David.
2Senhor, livra-me dos maus;
protege-me dos homens violentos;
3eles estão sempre a maquinar o mal;
todos os dias promovem discórdias.
4As suas línguas são como as das serpentes,
as suas palavras são como veneno de víbora.
5Protege-me, Senhor, do poder dos maus;
protege-me dos homens violentos,
que fazem planos para a minha queda.
6Os orgulhosos preparam-me armadilhas;
estenderam uma rede à beira do caminho;
armaram laços para me apanhar.
7Eu disse: «Ó Senhor, tu és o meu Deus!»
Escuta, pois, o meu grito suplicante!
8Senhor, meu Deus, meu forte defensor,
protege-me no combate.
9Senhor, não dês aos maus o que eles desejam;
não permitas que os seus planos malvados vão por diante.
10Não mais levantem a cabeça os que me cercam;
que as suas ameaças contra mim caiam sobre eles;
11caiam sobre eles brasas acesas;
sejam atirados para covas donde não mais se levantem.
12Que os caluniadores desapareçam da terra;
que a desgraça persiga os homens violentos até os destruir.
13Senhor, eu sei que tu defendes a causa do pobre
e os direitos do necessitado.
14Por isso, os homens justos te louvarão;
os honestos viverão na tua presença.
1411Salmo da coleção de David.
A ti clamo, Senhor, vem depressa!
Escuta a minha voz, quando te invoco.
2Seja a minha oração como incenso na tua presença
e as minhas mãos erguidas141,2 Ver 28,2 e nota., como o sacrifício da tarde.
3Senhor, põe uma sentinela de guarda à minha boca;
manda vigiar a porta dos meus lábios.
4Afasta-me do desejo de praticar o mal;
que eu não seja cúmplice dos maus
nem dos crimes dos malfeitores,
nem participe nos seus banquetes.
5Que o justo me castigue e o bondoso me corrija,
mas que o óleo mau me não perturbe a cabeça141,5 Ver 23,5 e nota.,
pois isso me tornaria cúmplice dos seus males.
6Quando os seus governantes forem lançados
dos despenhadeiros,
as pessoas compreenderão
que as minhas palavras eram verdadeiras.
7Como quando se cava e lavra a terra, uma fenda que se abre na terra,
os seus ossos foram engolidos pelo sepulcro.
8Mas eu continuo a confiar em ti, ó Senhor, meu Deus;
em ti busco proteção, não me abandones.
9Protege-me das armadilhas que prepararam contra mim;
livra-me das intrigas dos malfeitores.
10Que os maus caiam nas suas próprias armadilhas,
e que eu siga ileso o meu caminho.
1421Poema da coleção de David. Oração dita quando estava na caverna142,1 Ver Sl 57,1; 1 Sm 22,1–2; 24,1–9..
2Em voz alta clamo ao Senhor;
em voz alta suplico ao Senhor.
3Exponho na sua presença as minhas queixas;
dou a conhecer na sua presença a minha angústia:
4«Quando eu estou prestes a desanimar,
tu sabes o caminho que devo tomar.
No caminho em que seguia puseram-me uma armadilha.
5Olha bem à minha volta,
não há ninguém que me reconheça;
já não consigo escapar
e não tenho ninguém para cuidar de mim!
6Clamo a ti, Senhor, e digo-te: “Tu és o meu refúgio;
tu és tudo o que tenho na vida!”
7Atende os meus lamentos, porque estou sem forças;
livra-me dos que me perseguem,
que são mais fortes do que eu.
8Tira-me desta prisão, para que louve o teu nome.
Os homens justos me rodearão,
por teres sido bondoso para mim.»