1411Salmo da coleção de David.
A ti clamo, Senhor, vem depressa!
Escuta a minha voz, quando te invoco.
2Seja a minha oração como incenso na tua presença
e as minhas mãos erguidas141,2 Ver 28,2 e nota., como o sacrifício da tarde.
3Senhor, põe uma sentinela de guarda à minha boca;
manda vigiar a porta dos meus lábios.
4Afasta-me do desejo de praticar o mal;
que eu não seja cúmplice dos maus
nem dos crimes dos malfeitores,
nem participe nos seus banquetes.
5Que o justo me castigue e o bondoso me corrija,
mas que o óleo mau me não perturbe a cabeça141,5 Ver 23,5 e nota.,
pois isso me tornaria cúmplice dos seus males.
6Quando os seus governantes forem lançados
dos despenhadeiros,
as pessoas compreenderão
que as minhas palavras eram verdadeiras.
7Como quando se cava e lavra a terra, uma fenda que se abre na terra,
os seus ossos foram engolidos pelo sepulcro.
8Mas eu continuo a confiar em ti, ó Senhor, meu Deus;
em ti busco proteção, não me abandones.
9Protege-me das armadilhas que prepararam contra mim;
livra-me das intrigas dos malfeitores.
10Que os maus caiam nas suas próprias armadilhas,
e que eu siga ileso o meu caminho.
1421Poema da coleção de David. Oração dita quando estava na caverna142,1 Ver Sl 57,1; 1 Sm 22,1–2; 24,1–9..
2Em voz alta clamo ao Senhor;
em voz alta suplico ao Senhor.
3Exponho na sua presença as minhas queixas;
dou a conhecer na sua presença a minha angústia:
4«Quando eu estou prestes a desanimar,
tu sabes o caminho que devo tomar.
No caminho em que seguia puseram-me uma armadilha.
5Olha bem à minha volta,
não há ninguém que me reconheça;
já não consigo escapar
e não tenho ninguém para cuidar de mim!
6Clamo a ti, Senhor, e digo-te: “Tu és o meu refúgio;
tu és tudo o que tenho na vida!”
7Atende os meus lamentos, porque estou sem forças;
livra-me dos que me perseguem,
que são mais fortes do que eu.
8Tira-me desta prisão, para que louve o teu nome.
Os homens justos me rodearão,
por teres sido bondoso para mim.»
1431Salmo da coleção de David.
Senhor, escuta a minha oração, atende as minhas súplicas;
responde-me, pois tu és justo e fiel!
2Não chames a contas este teu servo,
porque diante de ti ninguém está inocente143,2 Ver Rm 3,20; Gl 2,16..
3Os meus inimigos perseguem-me e deitaram-me por terra;
obrigaram-me a viver na escuridão,
como os que já morreram há muito tempo.
4O meu espírito desfalece em mim;
sinto o coração desolado.
5Lembro-me dos tempos que passaram
e penso em tudo o que me tens feito;
medito sobre todas as tuas obras.
6Ergo para ti as mãos em oração.
Como a terra seca, a minha alma está sedenta de ti.
7Senhor, responde-me depressa; sinto-me desfalecer!
Não desvies de mim o teu olhar,
porque então seria como os mortos.
8Faz com que eu sinta todas as manhãs o teu amor,
porque pus em ti a minha confiança;
para ti elevo a minha alma,
mostra-me o caminho que devo seguir.
9Em ti busco proteção, Senhor;
livra-me dos meus inimigos.
10Tu és o meu Deus;
ensina-me a fazer a tua vontade.
Que o teu bondoso espírito
me guie pelo caminho reto!
11Dá-me vida, Senhor! Honra o teu bom nome!
Tira a minha alma da angústia, porque tu és justo!
12Destrói os meus inimigos, porque és fiel!
Destrói todos os que me atormentam, porque sou teu servo!