581Ao diretor do coro. Poema da coleção de David.
2Ó governantes, quem dera que tomassem sempre
decisões justas
e julgassem os homens com retidão!
3Mas em vez disso, só forjam falsidades
e abrem no país caminho para a violência.
4Os infiéis extraviaram-se desde que nasceram;
os que falam mentiras erraram desde o princípio.
5O seu veneno é como o das víboras;
fazem-se surdos como as serpentes,
6que não ouvem a música dos encantadores,
dos magos peritos em sortilégios.
7Ó Deus, quebra-lhes os dentes
arranca, Senhor, os queixais a esses leões.
8Sumam-se como a água que se escoa;
quando atirarem flechas que as encontrem quebradas.
9Que eles passem como o caracol a desfazer-se em baba
e como um aborto que não vê a luz.
10Antes que as suas panelas sintam o calor
da lenha verde ou seca,
que um furacão a lance para longe.
11Aquele que é justo alegra-se ao ver-se vingado
e ao participar na completa destruição dos malvados58,11 Ou: no sangue do ímpio lavará os pés.!
12E dir-se-á: «Sim, aquele que é justo tem recompensa!
De facto há um Deus que faz justiça sobre a terra!»
591Ao diretor do coro. Como «Não destruas». Poema da coleção de David. Recordando a ocasião em que Saul mandou cercar a sua casa para o matar59,1 Ver 1 Sm 19,11–13..
2Meu Deus, livra-me dos meus inimigos;
protege-me dos que avançam contra mim.
3Livra-me dos malfeitores
e salva-me dos homens sanguinários.
4Ó Senhor, repara como armam emboscadas
contra a minha vida;
conspiram contra mim os poderosos,
sem que eu tenha cometido nenhuma transgressão.
5Sem eu ter feito mal, agitam-se e preparam-se.
Repara, Senhor! Desperta e vem em meu auxílio!
6Tu, Senhor, Deus todo-poderoso, Deus de Israel,
desperta e castiga toda esta gente;
não tenhas compaixão desses traidores.
7Regressam pela tarde e percorrem a cidade,
ladrando como cães.
8As suas palavras ferem como espadas
e dizem, a gritar, em tom feroz:
«Quem é que nos ouve?»
9Mas tu, Senhor, vais rir-te deles;
farás troça de toda esta gente.
10Em ti estarei protegido, meu Deus,
pois tu és a minha fortaleza e proteção.
11Deus, que me ama, virá ao meu encontro
e me fará ver a derrota dos meus inimigos.
12Ó Deus, mata-os,
para que o meu povo não se esqueça;
desbarata-os e humilha-os com o teu poder.
Senhor, tu és o nosso protetor!
13Eles pecam em tudo o que dizem;
que sejam vítimas do seu próprio orgulho
e das suas maldições e mentiras!
14Extermina-os, consome-os na tua ira,
de modo que deixem de existir
e saibam que Deus reina em Israel59,14 Literalmente: Jacob.
e que o seu reino abrange toda a terra!
15Regressam pela tarde e percorrem a cidade,
ladrando como cães.
16Vagueiam à procura de comida
e, se não se fartam, rondam durante a noite59,16 Ou: e, se não se fartam, põem-se a uivar..
17Eu, porém, cantarei o teu poder;
pela manhã, anunciarei alegremente o teu amor,
porque tu foste a minha proteção,
o meu refúgio no dia da angústia.
18A ti, meu Deus, cantarei hinos,
porque tu és a minha fortaleza e proteção;
tu és o Deus que me ama!
601Ao diretor do coro. Segundo a melodia «Um lírio é um testemunho». Poema da coleção de David. Para instruir. 2David combateu contra os arameus da Mesopotâmia e Sobá e Joab, ao regressar, matou doze mil edomeus no vale do Sal60,2 Ver 2 Sm 8,3–14; 1 Cr 18,12..
3Ó Deus, rejeitaste-nos e deixaste abrir brechas em nós;
apesar da tua ira, restabelece-nos.
4Abalaste a nossa terra e fendeste-a;
tapa as suas fendas, porque se desmorona!
5Fizeste que o teu povo passasse duras provas;
deste-nos a beber um vinho que enlouquece.
6Dá agora um sinal aos teus fiéis,
para que possam fugir às flechas.
7Liberta aqueles que amas!
Responde-nos e salva-nos com o teu poder!
8Deus disse no seu santuário:
«Com que alegria dividirei Siquém
e medirei o vale de Sucot!
9Guilead e Manassés pertencem-me;
Efraim é o meu capacete e Judá, o meu cetro real.
10Moab é a bacia em que me lavo;
e sobre Edom assentarei a minha sandália.
Filisteus, regozijem-se comigo!»
11Quem me conduzirá à cidade fortificada?
Quem me guiará até Edom,
12se não fores tu, ó Deus?
Mas tu repeliste-nos
e já não acompanhas os nossos exércitos.
13Ajuda-nos contra os inimigos,
porque a ajuda dos homens nada vale.
14Com a ajuda de Deus alcançaremos a vitória;
ele mesmo calcará aos pés os nossos inimigos.