Sociedade Bíblica de Portugal

É necessário ter compaixão para alcançar as pessoas

Texto(s) bíblico

36Ao ver a multidão, Jesus sentiu imensa compaixão, porque andavam desorientados e perdidos como ovelhas que não têm pastor.

Uma das grandes preocupações de Jesus eram e são as pessoas. Nada O preocupou tanto como ver as pessoas caminharem sem rumo, sem direção, com tristeza, sem sentido, sem amor. Daí Ele usar de compaixão para com o ser humano. A compaixão faz parte dos seus atributos.

Essa (com)paixão, esse estado que o levou a atuar, foi demonstrada não tanto com palavras, mas com atitudes, com gestos, com posições assumidas. Uma das muitas histórias que a mim particularmente me comove, é quando Jesus encontrou a viúva de Naim, que saía da localidade para enterrar o seu único filho, aquele que provavelmente era a sua única ajuda. Agora não restava mais nada, qual seria o seu futuro? “E aconteceu, pouco depois, ir ele à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão. E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo. E correu dele esta fama por toda a Judeia e por toda a terra circunvizinha.” (Lucas 7:11-17, ARC)

Como demonstramos nós compaixão pelas pessoas? Será que temos a mesma atitude que teve Jesus pelos seres humanos? Sentimos algo quando vemos pessoas sem Cristo? Doe-nos ver o seu sofrimento, a sua falta de paz, as suas lutas diárias, os seus problemas? Acreditamos no “Ide” de Jesus, esse mandamento deixado pelo Divino Mestre para que o Evangelho seja pregado até ao último da terra.

Há muitos anos que venho orando por Portugal e acredito que muitos de vocês também o fazem. Tenho uma preocupação que gostaria de compartilhar: é verificar que em 2020, ainda temos cerca de 40 concelhos por alcançar no nosso país, incluindo as ilhas. Provavelmente alguns dirão: “Eu não posso fazer nada”. Gostaria de animar-te a mudares essa atitude e a veres as pessoas como Jesus as viu. Homens e mulheres necessitados das Boas Novas. É urgente que tenhamos compaixão, levando as Boas Notícias a todos os habitantes da nossa nação, unindo-nos a outros para cumprir a Grande Comissão. Procurarmos fazer mais e melhor pelas pessoas que ainda não têm Cristo e vivem como ovelhas sem pastor, sem direção, sem proteção. Jesus deu-nos o Seu Espírito Santo para sermos também Suas testemunhas (Atos 1:8). Paulo podia dizer aos crentes em Roma: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14, ARC). Compaixão também se manifesta quando o nosso desejo é que cada criança, cada adolescente, cada jovem, cada adulto ouça a Palavra de Deus e se converta a Cristo o Salvador do Mundo.

Paulo Branco
(Pastor da Assembleia de Deus de Almada)
(Presidente da Direção Nacional da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal)

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.7
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