Herodes Agripa I

Herodes Agripa é o neto de Herodes o Grande. Graças ao bom relacionamento com os imperadores romanos entre 37 e 44 d.C. é-lhe dado controlo sobre toda a região que tinha sido governada pelo seu avô. O livro de Atos menciona Herodes Agripa em ligação com a perseguição aos primeiros cristãos.

Herodes Agripa cresce em Roma, onde se torna amigo de imperadores mais tardios, como Calígula e Cláudio. Por ter sido suspeito de conspirar com o imperador Tibério, passa metade do ano na prisão. Porém, o imperador Calígula, sucessor de Tibério, liberta-o e nomeia-o governador da província a noroeste da Galileia. Mais tarde, recebe também o controlo das regiões de Galileia e Pereia. Depois da morte do imperador Calígula, Herodes Agripa apoia a sucessão de Cláudio. Como recompensa, Cláudio nomeia-o governador de toda a Judeia. A partir de então, é rei do mesmo território sobre o qual governava o seu avô, Herodes o Grande.

Herodes Agripa tem origens não-judaicas. De modo a fazer a vontade aos seus súbditos judeus, escolhe Jerusalém como a cidade de onde governa. Usa ainda outros métodos para manter o favor dos judeus. Estes antecedentes talvez expliquem  as suas ações agressivas para com os primeiros cristãos. Para os líderes religiosos era de facto essencial que os seguidores de Jesus encontrassem oposição. 
De acordo com Atos 12:1-19, Herodes mandar juntar e maltratar os membros da primeira igreja cristã de Jerusalém. Manda também matar Tiago, cortando-lhe a cabeça. Incentivado pelas respostas positivas dos judeus, Herodes tenta matar o apóstolo XtopicX_2074_Pedro. Mas Pedro é libertado da prisão por um anjo e foge de Jerusalém.

Herodes Agripa morre em 44 d.C. depois duma curta doença. O historiador Flávio Josefo e o livro de Atos 12:20-23 ligam a sua doença súbita ao facto de, durante uma festividade, ter permitido que o adorassem como a um deus. 
Por causa da idade do seu filho, Agripa II, ainda muito jovem para lhe suceder no trono, a região da Judeia torna-se de novo numa província romana temporariamente. Mais tarde, Agripa II consegue ter o controlo de parte do território que tinha sido governado pelo seu pai inicialmente.