2 Reis

1 e 2 Reis formam uma história contínua, uma sequela de 1 e 2 Samuel. Na Bíblia, a história engloba dois livros, provavelmente por causa da extensão da narrativa. Nestes livros, lemos histórias sobre os reis que reinaram depois de David.

O nome refere-se aos reis que reinaram sobre Israel e Judá por quatro séculos, do décimo ao sexto século aC.

Ambas as partes terminam com a conquista de uma capital e um exílio. Esses desastres nacionais são vistos como uma consequência do facto de que Israel e Judá se tornaram infiéis ao Senhor. A destruição do templo e a transferência de um grande número da população para a Babilónia formam um grande ponto de viragem na história do povo de Israel.

1 e 2 Reis não se preocupam em dar um relato desapaixonado da história. Os relatos apresentam um certo ponto de vista em relação aos eventos e uma avaliação dos vários reis.

O critério para tal julgamento é o facto de um rei agir de acordo com a vontade do Senhor ou contra ela. Servir a outros deuses é visto principalmente como uma marca de desobediência. Põe em risco a existência do povo de Israel sob um aspecto religioso e político. De acordo com esse critério, os reis do reino do norte têm uma má prestação. O julgamento é apenas parcialmente favorável aos reis de Judá.

A história de Judá descrita em 1 e 2 Reis é depois reformulada em 2 Crónicas.

Com base no seu conteúdo histórico, 1 e 2 Reis devem ser vistos como livros históricos, como Juízes, Josué, 1 Samuel e topic_1245_2 Samuel.

Na Bíblia Hebraica, a Tanakh, os livros são agrupados com os Primeiros Profetas. Nestes livros, o povo é constantemente lembrado da lei de Moisés e advertido contra a violação dos mandamentos.

Estes livros são escritos da perspectiva do exílio, oferecendo uma visão de como o percurso de Israel e Judá levou à crise do exílio.