Alegria em Jerusalém
1Povo de Judá, já vem sobre os montes
aquele que anuncia a paz!
Celebra as tuas festas, cumpre as tuas promessas,
porque os inimigos não voltarão a invadir o teu território.
Foram totalmente destruídos.
2A força inimiga avança. Reforça as tuas defesas!
Vigia os caminhos e arma-te de coragem;
retoma todas as tuas forças.
3O Senhor vai restaurar a antiga glória dos descendentes de Jacob,
do povo de Israel, que os inimigos saquearam
e deixaram como uma videira sem os seus ramos.
Assalto e destruição de Nínive
4Os guerreiros inimigos vestem-se de púrpura
e os seus escudos são vermelhos.
Quando se lançam ao ataque,
os carros brilham como fogo e as lanças agitam-se.
5Os carros avançam impetuosamente
correndo pelas ruas e pelas praças.
O seu aspeto é como de tochas acesas
e são velozes como relâmpagos.
6Chama os seus oficiais
e eles correm precipitadamente para as muralhas,
o abrigo móvel está preparado.
7As portas do lado do rio são arrombadas
e o palácio real é arrasado.
8Levam consigo a estátua da deusa
e as mulheres que cuidavam dela gemem como pombas
e batem no peito com tristeza.
9Os habitantes de Nínive são como água
que se escapa dum tanque arrombado.
Grita-se: «Parem! Parem!»,
mas ninguém volta para trás.
10Roubem a prata, roubem o ouro!
As riquezas de Nínive não têm fim.
A cidade está repleta de objetos preciosos.
11Roubo, pilhagem, devastação!
Derrete-se o coração.
Tremem as pernas, acabam-se as forças
e os rostos ficam pálidos!
12Que resta do covil dos leões,
do abrigo onde tinham os seus filhotes?
Ali se sentiam seguros os leões com as suas crias
e ninguém os ia incomodar.
13O leão matava e despedaçava a sua presa
para as leoas e para os filhos
e enchia as suas tocas com a carne das vítimas.
14O Senhor todo-poderoso afirma:
«Sou eu que vou intervir contra ti.
Vou reduzir a cinzas os teus carros de guerra.
Os teus filhos guerreiros serão passados à espada
e acabarei com as rapinas que espalhas pela terra.
Não mais se ouvirá a voz dos teus mensageiros.»