Sociedade Bíblica de Portugal

“Ele do seu templo ouviu a minha voz”

Texto(s) bíblico

6o poder da morte envolveu-me com os seus laços

e preparou-me armadilhas fatais.

7Na minha angústia invoquei o Senhor,

pedi ajuda ao meu Deus.

Do seu santuário ele escuta a minha voz,

o meu clamor chega aos seus ouvidos.

Muitas vezes os cristãos quando clamam no meio da sua angústia tendem a esbarrar com o Deus que se esconde na imensidão do universo. Quando isso acontece uma reação muito comum é pensar que Ele não se interessa pela sua vida particular, afinal Ele é o Senhor, Aquele que estava no inicio e foi agente criador (Evangelho de João 1:1-3). Porém, o salmista recorda que Deus não se está a esconder, está unicamente a exercer a Sua natureza de “ser” Deus. Ou seja, está a agir de acordo com a Sua vontade que se expressa numa linha de tempo que é a Sua e não a nossa. Desta forma está a dar a resposta que está e acordo com a Sua vontade e com um plano mais vasto do que a nossa particular necessidade pode alcançar. Afinal de contas Ele é o Deus que se manifesta no mundo dos vivos. Ele não é só o Deus que se manifesta no meu mundo particular, mas o Deus que manifesta a Sua vontade através da vida e das ações dos seus filhos e das suas filhas, onde quer que as plantas dos seus pés pisem.

Pessoalmente, anseio constantemente por esse momento, em que o meu clamor penetra nos ouvidos do meu Deus e a minha terra abala e treme com a sua presença. Porém, aprendo todos os dias a sossegar na espera por esse momento. Sossegar nessa espera molda-me na confiança na vontade de Deus. É essa confiança que me faz estar disponível para enfrentar as circunstâncias de cada dia, porque é essa confiança que me recorda que o Deus que amo é maior do que as tribulações que posso ter de enfrentar. Em tempo de Páscoa, esse é o grito que se escuta do túmulo vazio – qualquer tribulação deste mundo deixou de ter a última palavra naquilo que é a nossa esperança. A última e derradeira esperança reside na pessoa de Jesus Cristo que ressuscitou.

ORAÇÃO

Amado Pai celestial, obrigado por seres o Deus que retira a vida humana da miséria. Obrigado por dares um real sentido à vida daqueles que te procuram. Que todo o nosso ser te cante louvores e exulte diante das manifestações diárias da tua Graça. Que o nosso anseio seja reconhecer as obras das Tuas mãos em tudo o que nos rodeia.

Acende, Senhor, na nossa escuridão uma luz de amor. Que essa luz brilhe para que quem nos rodeia possa conhecer não a imagem que construímos de Deus, mas a Tua verdadeira imagem impressa nas nossas vidas.

Obrigado Senhor pelo teu amor que foi derramado de forma grandiosa sobre a nossa vida em Cristo Jesus. Ámen.

Luís Matos
(Pastor da Igreja Congregacional de Chelas)

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.8
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