Sociedade Bíblica de Portugal

“Paz seja convosco”

Texto(s) bíblico

Jesus aparece aos discípulos

19Na tarde desse mesmo dia, o primeiro da semana, os discípulos encontravam-se juntos e tinham as portas fechadas com medo das autoridades judaicas. Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» 20Depois mostrou-lhes as mãos e o peito. Eles alegraram-se muito por verem o Senhor. 21Jesus disse-lhes outra vez: «A paz esteja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio.» 22Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebam o Espírito Santo. 23Àqueles a quem perdoarem os pecados, são perdoados; e àqueles a quem não os perdoarem, não lhes são perdoados

Dúvidas de Tomé

24Ora Tomé, um dos Doze, a quem chamavam Gémeo, não estava com eles quando Jesus lhes apareceu. 25Os outros discípulos contaram-lhe: «Vimos o Senhor!» Mas Tomé respondeu-lhes: «Se eu não vir a ferida dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo no lugar dos pregos e a minha mão na ferida do peito, não acredito.»

26Uma semana mais tarde, os discípulos estavam de novo reunidos em casa, e Tomé encontrava-se com eles. Apesar de as portas estarem fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e exclamou: «A paz esteja convosco!»

Nenhum de nós viveu uma pandemia. O facto de sermos cristãos não nos torna imunes ao mal, ao perigo e à própria morte. A fé não é um passo no escuro, mas um exercício responsável e racional, com a certeza de que Deus tem todo o poder para alterar circunstâncias e proporcionar a própria cura.

A Bíblia relata acontecimentos que envolvem pessoas que por terem ficado em casa, com alegria e total confiança em Deus, conseguiram obter proteção e vitória.

Noé passou um ano dentro de Arca com a sua família e um jardim zoológico ao seu cuidado, mas conseguiu sobreviver ao Dilúvio e repovoar a terra.

Na celebração da primeira Páscoa, os israelitas foram alertados para não ultrapassarem o limiar da porta naquela noite em que os primogénitos dos egípcios foram mortos (Ex 12:22). O sangue de cordeiro que marcava a verga e as umbreiras da porta das casas dos israelitas representava o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Invoquemos o Nome do Senhor com a certeza de que “o sangue de Jesus, Seu Filho, purifica-nos de todo o pecado” (1 Jo 1:7).

No domingo da ressurreição, os discípulos estavam atemorizados e fechados no Cenáculo, mas o Senhor Jesus apareceu no meio deles e disse-lhes: “Paz seja convosco!” (João 20:19) e, para os tranquilizar, repetiu esta saudação (Jo 20:21). No domingo seguinte, já depois de terem visto o Cristo ressurreto, os discípulos continuaram fechados no Cenáculo e Jesus voltou a apresentar-se no meio deles, repetindo as mesmas palavras: “Paz seja convosco!” (Jo 20:26).

Neste tempo de recolhimento que possamos reaprender a intimidade do relacionamento com Deus e redescobrir a simplicidade do estudo das Escrituras.

Neste tempo de incerteza em que as portas dos templos estão temporariamente encerradas, façamos do nosso lar um local de custo doméstico.

O Senhor quer entrar na nossa casa e saudar-nos da mesma forma: “Paz seja convosco!”

 

 

 

 

Motivos de oração:

  • Metade da população do planeta está de quarentena e continuamos confinados no conforto do nosso lar, por isso coloquemos na presença de Deus todas as pessoas que vivem nos países mais pobres e não têm habitação condigna nem cuidados de saúde e todas as outras que são obrigadas a sair de casa para ir trabalhar, garantindo-nos os bens e serviços essenciais.
  • Demos graças a Deus sempre que lavarmos as mãos, tomarmos banho ou bebermos um copo de água. Lembremo-nos de que uma em cada três de pessoas no mundo não tem acesso a água potável nem a saneamento básico.
  • Oremos para que os governantes e todas as autoridades sejam revestidos de sabedoria e misericórdia.
  • Imploremos por todos os profissionais de saúde e pelas pessoas que têm um sistema imunológico fragilizado, pelos idosos e vulneráveis.
  • Intercedemos por aqueles que estão demasiado ansiosos. O medo paralisa e consome a alma, roubando-nos a capacidade de cuidar dos outros durante uma crise global.
  • Fiquemos em casa. Quando no futuro for relembrado o Ano da Graça de 2020 que possa ficar registado que os cristãos ficaram em casa, lavaram as mãos e ajoelharam-se humildemente, implorando pela misericórdia de Deus.

 

João Pedro Martins
(Desafio Miqueias)

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.12
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