Jordão

O Jordão é um rio que corre das colinas de Hermon até ao Mar Morto. Nos tempos do Antigo Testamento, o Jordão formava a fronteira entre a terra de Canaã e a Transjordânia. Desde o Novo Testamento, conhecemos o Jordão especialmente como o rio em que João Batista batizou Jesus.

A fonte do Jordão fica nas colinas de Hermon, ao norte de Israel, a uma altitude de 1.800 metros. Através do Mar da Galiléia, o rio corre para o Mar Morto, no sul, a uma altitude de cerca de 400 metros abaixo do nível do mar. Na área entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto, o Jordão obtém a maior parte de sua água dos afluentes, o Jaboc e o Jarmuc.

O comprimento do Jordão do começo ao fim é de aproximadamente 170 quilómetros em linha reta. Na verdade, o rio tem o dobro do comprimento, por causa da maneira como serpenteia. Em muitos pontos, o Jordão tem apenas alguns metros de largura. Portanto, nos tempos bíblicos, provavelmente não era particularmente difícil atravessar o rio.

Era apenas na primavera que isso era difícil, porque o Jordão inundava as suas margens quando a neve derretia ( Josué 3: 15 e 1 Crónicas 12: 16). Como resultado, a terra à beira do rio era fértil e rica em flora e fauna ( Génesis 13: 10; Jeremias 49: 19).

O Jordão forma a fronteira natural entre a terra de Canaã e a Transjordânia. Quando a Terra Prometida foi dividida, foi feita uma distinção clara entre as tribos dos dois lados do rio ( Números 32: 19-22).

Vemos essa distinção novamente na história de Juízes 12 que narrava a guerra entre os gileaditas no lado oriental do Jordão e os efraimitas no lado ocidental do Jordão. Os gileaditas obrigaram todos os que quisessem atravessar o Jordão dizer a palavra shibbolet. Os efraimitas não conseguiam pronunciar o sh muito bem, e disseram sibbolet. Isto identificou-os imediatamente como inimigos ( Juízes 12: 5-6).

O Jordão é mais conhecido no Novo Testamento como o rio em que João Batista batizou pessoas que queriam começar uma nova vida. Jesus também foi batizado por João no Jordão ( Marcos 1: 4-11).