Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 18

Texto(s) bíblico

Provérbios 16

1O homem faz projetos,

mas o Senhor tem a última palavra.

2Ao homem parece-lhe bom tudo o que faz,

mas o Senhor é quem julga as intenções.

3Confia os teus assuntos ao Senhor

e realizar-se-ão os teus projetos.

4O Senhor criou tudo com um propósito;

o homem mau está destinado ao castigo.

5O Senhor detesta os orgulhosos;

tarde ou cedo, eles terão o seu castigo.

6Com amor e verdade se perdoa o pecado;

o mal evita-se respeitando o Senhor.

7Quando o Senhor aprova a conduta de alguém,

até reconcilia com ele os inimigos.

8Mais vale pouco, mas ganho honestamente,

do que grandes rendimentos com injustiça.

9O homem faz os seus planos,

mas é o Senhor quem dirige a realização.

10O rei fala com toda a autoridade;

não se engana quando pronuncia uma sentença.

11O Senhor exige as balanças certas

e decide os pesos que se devem utilizar.

12É intolerável que os reis pratiquem más ações;

só a prática da justiça dá firmeza ao trono.

13O rei deseja que se lhe fale abertamente

e gosta de quem lhe diz a verdade.

14A ira do rei é perigo de morte,

mas o homem sensato pode esconjurá-lo.

15Na serenidade do rosto do rei está a vida;

a sua benevolência é como chuva refrescante.

16Mais vale adquirir sabedoria do que ouro;

mais vale ter entendimento do que prata.

17O caminho dos honestos afasta-se do mal;

quem resguarda a sua conduta, guarda a sua alma.

18O orgulho conduz ao fracasso;

a arrogância conduz à queda.

19Mais vale viver modestamente com os pobres,

do que repartir tesouros com os soberbos.

20Quem escuta os bons ensinamentos encontra a felicidade.

Ditoso aquele que confia no Senhor!

21Chama-se inteligente ao que pensa sabiamente;

quanto mais uma palavra for amável, mais convence.

22Possuir bom senso é ter uma fonte de vida;

os insensatos têm o castigo na sua própria loucura.

23As pessoas sensatas refletem antes de falar

e assim utilizam palavras mais convincentes.

24As palavras amáveis são como um favo de mel:

agradáveis ao gosto e reconfortantes para o corpo.

25Há caminhos que ao homem parecem retos,

mas que afinal conduzem à morte.

26A fome estimula a atividade do trabalhador,

pois ele quer saciar o seu apetite.

27O malfeitor é um forno de desgraça:

as suas palavras são fogo abrasador.

28O homem rebelde provoca contendas;

o caluniador divide amigos íntimos.

29O homem violento engana o seu semelhante

e arrasta-o para o mau caminho.

30Pisca o olho quem pensa fazer mal;

morde os lábios quem já o fez.

31Os cabelos brancos são uma coroa de glória,

quando embranquecem no caminho da honradez.

32Vale mais ser paciente do que ser valente;

mais vale saber-se dominar a si mesmo

do que conquistar uma cidade.

33O homem lança os dados no saco,

mas é o Senhor quem dá a decisão.

Somos rapidíssimos a conjeturar e a arquitetar castelos no ar, mas há que convir que é sempre Deus a ter a derradeira palavra. Na nossa impetuosidade não vemos nenhuma espécie de tentação e tudo nos parece inicialmente um mundo de facilidades, contudo Deus peneira as nossas peneiras e ajuíza as reais intenções do nosso coração. Razão mais do que suficiente para Lhe confiarmos qualquer tipo de assunto. Até porque só com o Seu aval se efetivam projetos sólidos. O propósito de Deus para nós é que nos demos conta que a Sua companhia é vital para o nosso equilíbrio. Sem Ele, envaidecemos e despistamo-nos em três tempos: “O orgulho conduz ao fracasso; a arrogância conduz à queda.” Vale-nos a sua graça indescritível, que “com amor e verdade nos perdoa o pecado.” Contudo, é nosso dever tudo fazer para evitar o mal, sendo que a melhor forma de o alcançar é “respeitando o Senhor” sete dias por semana, minuto a minuto. Com Ele ao lado as surpresas são constantes, incluindo a alegria de reconciliações impensáveis aos nossos olhos. Nele satisfazemo-nos inteiramente, pois os Seu valores enriquecem-nos. Não há rendimentos chorudos que nos possam encantar se forjados desonestamente. Com Deus não se brinca, pois jamais Se engana ao analisar os pratos da nossa balança. Ele requer de cada pessoa transparência mental e verbal. Escutemos os Seus ensinamentos, mesmo que veiculados por gente simples e anónima com quem nos vamos cruzando, e “encontraremos a felicidade.” Sim, “ditoso” é quem resolve depositar a sua confiança em Deus! Coloquemos nas Suas mãos a nossa boca e adocicar-se-á o nosso linguajar: “As palavras amáveis são como um favo de mel: agradáveis ao gosto e reconfortantes para o corpo.” Deixemos, pois, que seja Ele a domar igualmente os nossos pensamentos, de forma a “refletirmos antes de falar”; escusando assim de chamuscar pessoas com palavras abrasadoras. Ai de nós provocar contendas, dividir amigos íntimos, enganar o próximo ou piscar o olho à malícia. Possam os nossos cabelos brancos ser uma coroa de maturidade e honradez, pois “vale mais ser paciente do que ser valente; mais vale saber-se dominar a si mesmo do que conquistar uma cidade.” E quando outros acenarem com a cantiga de que “a sorte se lança no nosso colo”, belisquemo-nos e obriguemo-nos a pensar que “é Deus que dispõe dela.”

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.24.4
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