Dia 32
Texto(s) bíblico
Provérbios 30
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À medida que os anos passam vamos concluindo que sabemos muito pouco. E nada melhor do que encarar as nossas limitações com um misto de humor e humildade. Encarar com leveza, sem ser leviano, a própria ignorância é uma virtude. Admitir a pequenez pessoal perante o Criador é sinónimo de grandeza de espírito. Demos prova de sabedoria ao constatar que os feitos que alcançamos são pequeníssimas conquistas face à grandeza e ao poder de Deus. Com o decorrer do tempo apercebamo-nos da fragilidade das nossas certezas e passemos a confiar Naquele que tudo sabe. Confinemos, pois, o que pensamos, dizemos e fazemos ao Seu parecer, caso contrário corremos o risco de Ele nos desmentir. Aprendamos a pedir-Lhe o que realmente nos convém. E não, não se trata de bens, regalias, mordomias, destaque ou protagonismo. Apenas e tão somente que Ele nos ajude a andar longe da “falsidade e da mentira.” Aproximamo-nos da maturidade quando deixamos de nos preocupar em ter muito ou pouco e nos centramos no suficiente para viver, sem jamais nos afastarmos Dele. Crescemos por dentro à medida que fugimos dos mexericos, da altivez e da avareza. Permanece raquítico de alma quem vive para acumular e é incapaz de se doar até à família. Apreciemos a vida e as coisas simples que nos são proporcionadas a cada dia. Espantemo-nos e deliciemo-nos com os pequenos milagres que acontecem debaixo dos nossos olhos a todo o momento. Mais do que explicações elaboradas, encantemo-nos com os fascinantes caminhos “da águia no céu, da cobra na rocha, do navio no alto mar e do homem com uma donzela.” É claro que, por outro lado, há desequilíbrios que nos deixam perplexos, mas não nos conformemos e denunciemo-los. Atentemos para o exemplo que vem de pequenos seres para ganharmos coragem para dar a volta por cima. E quando determinado desafio nos parecer impossível de alcançar, basta lembrar que até uma insignificante lagartixa consegue passear num palácio. Sejamos arrojados, sem perder a elegância. E se aqui e acolá tivermos passado das marcas, agindo de forma “arrogante ou estúpida”, paremos de insistir no erro, façamos marcha atrás, peçamos desculpa e retomemos o trilho do bem.