Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 7

Texto(s) bíblico

Provérbios 5

Fugir da mulher leviana

1Meu filho, atende à minha sabedoria

e presta atenção ao meu ensinamento.

2Pois, com reflexão e conhecimento,

a tua boca está resguardada.

3Os lábios da mulher leviana podem ser doces como o mel

e os seus beijos suaves como o azeite.

4Mas no fim, só fica amargura e dor

cortante como uma espada de dois gumes.

5Os seus passos descem para o mundo dos mortos;

o caminho que ela segue leva à morte.

6Ela não repara no caminho da vida;

os seus passos extraviam-se sem ela se dar conta.

7Escuta-me, pois, ó meu filho,

e não te desvies dos meus conselhos.

8Afasta-te da mulher leviana;

não te aproximes da porta da sua casa,

9para não entregares a outros a tua riqueza

e os teus anos a alguém implacável;

10para que os estranhos não venham a enriquecer

com os teus haveres, fruto do teu trabalho,

11e para não teres de chorar no fim,

quando o teu corpo se for consumindo.

12Dirás então: «Como pude eu desprezar os avisos?

Por que não fiz caso das repreensões?

13Não quis escutar a voz dos meus mestres,

nem dei ouvidos aos meus educadores!

14Cheguei a ser apresentado como um desgraçado

à vista de toda a comunidade reunida.»

15Podes beber e matar a sede

com a água da tua cisterna e do teu poço.

16Vais deitar fora a água das tuas fontes,

deixando-a escorrer em torrente pelas ruas?

17O poço e a água são só teus;

não os repartas com estranhos.

18Abençoada seja a tua fonte!

Alegra-te com a que é tua companheira desde a juventude,

19qual corça amorosa e gazela encantadora!

Que nunca te faltem as suas carícias

e que o seu amor sempre te envolva!

20Por que te deixas atrair pela mulher leviana

e te apegas assim a uma desconhecida, meu filho?

21O Senhor olha atentamente para os caminhos do homem

e observa todos os seus passos.

22O mau fica preso nas suas próprias maldades,

os seus pecados amarram-no como cordas.

23Ele morrerá devido à sua insensatez

e o excesso da sua loucura perdê-lo-á.

Jamais nos acanhemos de chamar a atenção aos mais novos para os perigos decorrentes da cedência aos encantos astutos de uma mulher leviana ou de um homem namoradeiro. Não abdiquemos de os alertar, sem com isto cair no erro de os martirizar com mil e uma histórias macabras. Por outro lado, não descuremos a informação básica para que possam refletir na forma como devem agir perante as investidas maliciosas a que são sujeitos regularmente. Os lábios, os olhares, as curvas, os bíceps surgem-lhes a toda a hora, nos lugares mais inusitados. Basta um qualquer ecrã para que sejam expostos, tal como nós, ao poder sedutor da imagem. Seja no plano virtual ou nas interações sociais tenha-se cuidado com as abordagens meladas e escorregadias. Aquilo que parece ser doce e suave acaba por ter um sabor acre e provocar dores lancinantes nas profundezas da alma. Os cortes são deveras profundos na autoestima de alguém que se deixa enredar pelo canto da sereia. Os contornos estonteantes que porventura possa ter um(a) manequim, não passa disso mesmo: Plástico. Seguir uma boneca ou um janota, além de ser pura perda de tempo, é um passeio de alto risco. O que inicialmente parece ser uma viagem até aos píncaros, rapidamente se transforma num périplo aterrador repleto de íngremes ravinas. O melhor mesmo é guardar uma distância prudente das manhas e dos circuitos de gente que engoda para o mal. Estimulemos as gerações de mais tenra idade a não entregar o ouro ao bandido ou à donzela fingida. Guardemos nós mesmos o coração, começando pelas persianas do corpo. Vigiando o nosso próprio olhar, evitamos males maiores. Para que não se dê o caso de depois ficarmos a chorar o leite derramado e o tesouro perdido, aproveitemos cada instante para cultivar e desfrutar relacionamentos saudáveis, assentes no valor único e incalculável da fidelidade. Saciemo-nos dentro de casa. Alegremo-nos com a nossa “companheira desde a juventude! Que nunca nos faltem as suas carícias e que o seu amor sempre nos envolva!” Resista-se, pois, aos piropos e atrações fatais do lado de fora da cerca, evitando a triste figura de ficar preso num intrincado emaranhado de historietas, mentiras, maldades, loucuras e sabe-se lá mais o quê. Resumindo, dêmos ouvidos Àquele que “olha atentamente para os nossos caminhos e observa todos os nossos passos.”

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.25.2
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