Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 8

Texto(s) bíblico

Evitar os compromissos pelas dívidas de outros

1Meu filho, se ficaste por fiador do teu companheiro

ou responsável por um estranho,

2ficaste vinculado à tua palavra

e obrigado ao teu compromisso.

3Para te livrares disso, meu filho, faz o seguinte:

vai ter com aquele com quem te comprometeste

e insiste humildemente com o teu companheiro.

4Não te deites para dormir,

nem feches os olhos para descansar:

5livra-te disso como a gazela das mãos do caçador

ou como o pássaro do laço do passarinheiro.

Exortação aos preguiçosos

6Vai ver a formiga, ó preguiçoso;

vê como ela faz e aprende a lição.

7Ela não tem capataz,

nem oficial, nem patrão,

8mas faz as suas provisões de comida no verão;

armazena no tempo da ceifa o seu alimento.

9Até quando vais ficar deitado, ó preguiçoso?

Quando te levantarás da cama?

10Mal te dá o sono e adormeces,

mal cruzas os braços para te deitares

11logo a pobreza e a miséria virão atacar-te,

como um vagabundo ou um salteador armado.

Características do perverso

12É um malfeitor e um criminoso

aquele que anda sempre a espalhar falsidades.

13Pisca os olhos, bate com os pés

e faz sinais com os dedos.

14No seu coração, o mau planeia falsidades,

a todo o momento semeia a discórdia.

15Por isso, a desgraça virá sobre ele

repentinamente, dum momento para o outro

ficará irremediavelmente arruinado.

O que o Senhor detesta

16Há seis coisas que o Senhor detesta

e uma sétima que ele não tolera:

17olhares altivos, língua mentirosa;

mãos que matam inocentes;

18coração que faz planos criminosos;

pés que correm pressurosos para o mal;

19falsas testemunhas que proferem mentiras;

e aquele que provoca discórdias entre irmãos.

Consequências do adultério

20Meu filho, ouve os preceitos de teu pai;

não desprezes os ensinamentos de tua mãe;

21trá-los sempre no teu coração,

como adorno precioso no teu peito.

22Eles servir-te-ão de guia, quando caminhares,

proteger-te-ão, quando dormires,

e falarão contigo, quando despertares.

23O mandamento é uma candeia; a lei, uma luz;

os avisos e repreensões são o caminho da vida;

24protegem-te da mulher perversa

e das palavras enganadoras da mulher leviana.

25Não permitas que a sua beleza te cative,

nem te deixes prender pelos seus olhos.

26A prostituta vai atrás dum pouco de pão,

mas a adúltera vai à caça de algo mais precioso.

27Poderá alguém esconder fogo no peito,

sem que a sua roupa arda?

28Andará alguém sobre brasas,

sem que os seus pés se queimem?

29Assim é com o que se entrega à mulher de outro:

quem lhe tocar não ficará impune.

30Não se trata como ladrão

quem rouba para matar a fome.

31Mas quem for apanhado a roubar,

restituirá sete vezes mais,

e entregará todos os bens que possui.

32O homem que comete adultério é insensato;

quem assim procede causa a sua ruína;

33suportará o castigo e a ignomínia

e nada apagará a sua desonra,

34pois é de ciúme a ira do marido dela,

e não o poupará na hora da vingança;

35não aceitará nenhuma indemnização,

nem receberá presentes, por maiores que sejam.

A palavra dada é um contracto que, apesar de ser desconsiderado e desrespeitado a torto e a direito nos tempos que correm, importa honrar. É primordial passar este género de princípio às gerações seguintes. O que assinamos de livre vontade é algo a que se fica vinculado. Contudo, no caso de ter havido precipitação, não se descanse enquanto não se resolva humildemente a trapalhada. É preferível livrarmo-nos de uma aliança disparatada, do que insistir andar de mão dada com o erro. É verdade que os compromissos assumidos não são para se desfazer do pé para a mão, nem se rompem acordos como quem muda de camisa, pelo que há que medir sempre muito bem os contornos daquilo com que nos comprometemos. Nada de preguiça, esquemas ou atropelos para atingir objetivos. Atente-se para a formiga e siga-se-lhe o rasto. Combatamos a inércia e a cultura do encosto. Recusemos cruzar os braços, jamais nos conformando à mediocridade. Tomemos algumas iniciativas para inverter a nossa indisciplina crónica. Respeitemos pessoas, começando por nós e por cumprir os nossos próprios horários. Mantenha-se debaixo de olho o relógio, mas sobretudo sob rígido controle a língua, autoimpondo a tolerância zero a todas as formas de “espalhar falsidades e semear a discórdia.” Se há coisa que Deus detesta é a intriga fraternal. Ponhamos fim à praga de dizer mal uns dos outros, construindo uma cultura de sadio elogio mútuo. Emprestemos a máxima atenção aos conselhos de gente madura, pois concorrem para o nosso sossego integral. No meio da correria dos dias que voam, aprendamos a parar e escutar, para depois nos fazermos ao caminho como quem vê. E assim dar-nos-emos conta dos perigos, das armadilhas, das seduções falaciosas, das mulheres perversas e dos homens aproveitadores. E não se julgue, no que às consequências diz respeito, que há exceções para os nossos deslizes: “Andará alguém sobre brasas, sem que os seus pés se queimem? Poderá alguém esconder fogo no peito, sem que a sua roupa arda?”! Tenhamos juízo e vivamos humildemente diante de Deus, honrando-O também através dos nossos relacionamentos interpessoais.

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.14
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