Ascensão de Jesus

A história da ascensão de Jesus aos Céus deixa claro que, depois da ressurreição, Jesus é exaltado por Deus como Senhor e Juiz. Assim sendo, esta história sublinha a compreensão do crente de que o Senhor ressuscitado foi glorificado por Deus. 

Há apenas duas passagens na Bíblia onde a ascensão de Jesus ao Céu é descrita: no final do Evangelho de Lucas ( Lucas 24: 50-53) e no início do livro de Atos. ( Atos 1: 1-11). A história da ascensão de Jesus não é encontrada nos outros livros do Novo Testamento. Nesses livros, lemos apenas que Jesus ressuscitou para o Pai ( João 20: 17), que o Senhor ressuscitado está sentado à direita de Deus ( Romanos 8: 34) e que ele voltará de lá para administrar justiça aos vivos e aos mortos ( 1 Pedro 4: 5).

Nesses textos, não há conceção de um paraíso em algum lugar físico acima das nossas cabeças. A linguagem figurada é usada para descrever o conteúdo da crença da ressurreição. A ressurreição significa que, como Senhor ressuscitado, Jesus entrou numa realidade totalmente nova: a da glória de Deus.

Lucas é o único que conta a história da ascensão e apresenta a ascensão como um evento físico. Ele descreve a ascensão de Jesus em duas instâncias, enfatizando aspetos diferentes da mesma em cada caso.

No final do seu evangelho, Lucas diz que Jesus sobe ao Céu ao final da tarde ou na noite da ressurreição ( Lucas 24: 13). No começo do livro de Atos, Lucas escreve que inicialmente Jesus permanece com os discípulos por um tempo. Só depois de quarenta dias é que ele é levado para o Céu quando está Monte das Oliveiras. De acordo com Atos 1: 9, isto ocorreu durante o dia.

As duas descrições da ascensão têm funções diferentes:

A ascensão de Jesus, conforme descrita por Lucas, dá uma forma muito concreta ao entendimento do crente de que Jesus é glorificado por Deus após a sua ressurreição. A ascensão mostra que Jesus foi exaltado por Deus como Senhor e juiz. Dessa maneira, Deus confirma que Jesus é o Messias prometido.