Sociedade Bíblica de Portugal

Descobre-Estudo C

FÉ CEGA

Segundo o biólogo Richard Dawkins, “a fé é a maior das cobardias, a maior desculpa para fugir à necessidade de pensar e analisar evidências.
A fé é sinónimo de acreditar apesar, e talvez por causa, da falta de provas”.
Concordas com a afirmação de que os cristãos acreditam sem terem provas para tal? Será que a fé cristã é irracional?

ESTUDA João 9,1.-4

CONTEXTO HISTÓRICO

As opiniões sobre Jesus estão cada vez mais divididas. Ele é de Deus ou é um desordeiro iludido? Os fariseus, que cumprem à risca a lei
religiosa judaica, estão irritados com ele. Do ponto de vista deles, Jesus não respeita o sábado, um dia consagrado a Deus no qual os judeus se
devem abster de qualquer tipo de trabalho. Mas Jesus cura uma pessoa num sábado e isto, de acordo com a tradição, é uma quebra das regras daquele dia. Eles estão tão zangados com Jesus que no capítulo anterior tentaram assassiná-lo. Neste encontro, Jesus rejeita a noção popular de que a cegueira de um homem é culpa dos pecados dele ou dos seus pais. Jesus cura o homem a um sábado e vê-se outra vez envolvido
em polémica.

1- Descreve como seria a vida de alguém que nasceu cego a nível prático, social e emocional. Toma nota das dicas nos versículos 1 e 8.

2- Como se estaria a sentir o homem enquanto caminhava em direção à piscina? O que estaria ele a pensar enquanto regressava ao lugar onde tinha sido obrigado a pedir esmola?


3- De que forma se relaciona este milagre com a afirmação de Jesus de ser a “luz do mundo”? O que é que ele dá a entender sobre a vida que Jesus diz oferecer?

Ao longo do livro, João usa a luz principalmente como um símbolo da vida e
a escuridão representa o pecado e a morte. Este milagre descreve, através de ações, o que Jesus veio fazer ao mundo. Como luz do mundo, Jesus afirma ter vindo para salvar as pessoas das trevas, do pecado e da morte, para lhes dar a vida eterna.

4- Qual o motivo para aquela reação dos vizinhos do homem? Porque o terão levado aos fariseus (versículos 8-13)?

5- Os fariseus entram agora em cena. Por que não podem eles estar de acordo com o que aconteceu, apesar do testemunho claro do homem? Lê os versículos 13-17. Que
suposições estão a orientar as conclusões a que chegam?

6- Porque é que os pais do homem são agora trazidos para a cena? De acordo com os
versículos 18-23, como é que eles respondem e porquê?

7- Na tua opinião, qual o motivo da reação dos fariseus ao testemunho do homem? Será que eles estão interessados na “verdade”?

8- Como é que o homem responde às acusações e insultos dos fariseus? Quais os argumentos que ele usa nos versículos 30-33?

9- Jesus vai à procura do homem. Porquê?

10- Em poucas horas, este homem experimentou uma reavaliação radical de quem ele pensa que Jesus é. De que forma é que a sua opinião mudou nos versículos 11, 17 e 38, e qual a conclusão a que chegou sobre a identidade de Jesus?


Pela primeira vez neste encontro, o homem vê Jesus com os seus olhos físicos e adora-o. A jornada do homem da cegueira à visão é paralela à sua jornada espiritual, enquanto segue as evidências e começa a ver quem é Jesus. O termo “Filho do Homem” poderia apenas referirse a outro ser humano, mas a Bíblia dos judeus
usa o termo para descrever uma pessoa com características semelhantes a Deus


11- Este encontro começa com a suposição de que o pecado é a origem da cegueira do homem. Já o final é inesperado, com Jesus a afirmar que os fariseus é que são os cegos. Do que são eles culpados? O que os impede de aceitar a
conclusão para a qual apontam as evidências?

O QUE SIGNIFICA ISTO PARA NÓS?

Jesus faz declarações ousadas sobre si mesmo nesta passagem. Ao afirmar ser a “luz do mundo”, ele insiste que sem ele todos estamos na escuridão.
Na Bíblia dos judeus, a adoração é reservada somente para Deus. Logo, ao aceitar a adoração do homem, Jesus colocou-se numa posição igual à de Deus. O académico e escritor de Oxford, C.S. Lewis, escreveu sobre Jesus: “Pode mandá-lo calar-se
por achar que ele é louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demónio; ou pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não vamos inventar disparates paternalistas sobre ele ser um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa
opção, nem nunca o quis fazer.” Porque é que achas que as pessoas ficam mais confortáveis se pensarem em Jesus como um grande mestre, mas fecham os olhos ao tipo de afirmações que ele faz sobre si mesmo neste encontro?



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