Sociedade Bíblica de Portugal

49 – Os Profetas – BON VOYAGE!

ORAÇÃOSenhor, deixo, agora, a minha vida agitada para estar na tua calma presença. Enche a minha mente e o meu coração com as coisas que sabes que eu preciso de ouvir.

Texto(s) bíblico

Cristo, palavra de Deus

1No princípio era a Palavra.

A Palavra estava com Deus,

e a Palavra era Deus.

2Aquele que é a Palavra estava no princípio com Deus.

3Todas as coisas foram feitas por meio dele,

e sem ele nada foi criado.

4Nele estava a vida,

vida que era a luz dos homens.

5A luz brilha nas trevas,

trevas que a não venceram.

6Houve um homem enviado por Deus que se chamava João.

7Ele veio para dar testemunho,

para dar testemunho da luz,

para que todos cressem por meio dele.

8João não era a luz,

mas foi enviado para dar testemunho da luz.

9Aquele que é a Palavra era a luz verdadeira;

Ele ilumina toda a gente ao vir a este mundo.

10Ele estava no mundo,

mundo que foi feito por ele.

O mundo não o conheceu.

11Ele veio para o seu próprio povo

e o seu povo não o recebeu.

12Mas a todos quantos o receberam,

aos que creem nele,

deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

13Estes não nasceram de laços de sangue,

nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,

mas nasceram de Deus.

14A Palavra fez-se homem

e veio habitar no meio de nós,

e nós contemplámos a sua glória,

como glória do Filho único do Pai,

cheio de graça e de verdade.

15João deu testemunho dele ao proclamar: «Era deste que eu dizia: Aquele que vem depois de mim é mais importante do que eu, porque já existia antes de mim16Todos nós participámos da abundância dos seus bens divinos e recebemos continuamente as suas bênçãos. 17É que a lei foi-nos dada por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. 18Nunca ninguém viu Deus. Só o Deus único, que está no seio do Pai, o deu a conhecer.

Testemunho de João Batista

(Mateus 3,1–12; Marcos 1,1–8; Lucas 3,1–18)

19Foi este o testemunho de João quando as autoridades judaicas de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Quem és tu?» 20E ele confessou-lhes abertamente: «Eu não sou o Messias.» Mas eles insistiram: 21«Quem és então? És o profeta Elias?» Ele disse-lhes que não e eles perguntaram: «És o profeta que há de vir?» Ele tornou a responder-lhes que não. 22Mas eles insistiram novamente: «Diz-nos então quem és, para podermos dar uma resposta aos que nos mandaram ter contigo. Que dizes de ti mesmo?» 23João respondeu-lhes: «Eu sou a voz do que clama no deserto: preparem o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías

24Alguns dos enviados que estavam a falar com João eram fariseus 25e perguntaram-lhe: «Se não és o Messias, nem Elias, nem o profeta, por que é que batizas?» 26«Eu batizo em água, mas no vosso meio encontra-se alguém que ainda não conhecem; 27é aquele que vem depois de mim», respondeu João. «Mas eu nem sequer sou digno de lhe desatar as correias das sandálias.»

28Isto passou-se em Betânia, do outro lado do rio Jordão, onde João estava a batizar.

João apresenta Jesus ao povo

29No dia seguinte, João viu Jesus encaminhar-se para ele e disse: «Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 30Era deste que eu dizia: aquele que vem depois de mim é mais importante do que eu, porque já existia antes de mim. 31Nem eu próprio sabia quem ele era, mas eu vim para batizar em água para que ele fosse manifestado ao povo de Israel.»

32João declarou ainda: «Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e ficar sobre ele. 33Eu não sabia que era ele, mas aquele que me enviou a batizar em água, tinha-me anunciado: “Tu hás de ver o Espírito descer e ficar sobre um homem. Esse é o que batiza no Espírito Santo.”

34Eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.»

Primeiros companheiros

35No dia seguinte, estava João no mesmo lugar com dois dos seus discípulos, 36quando viu Jesus passar por ali, e disse: «É este o Cordeiro de Deus!» 37Os dois discípulos, ouvindo isto, seguiram Jesus. 38Jesus voltou-se, reparou que eles o seguiam e perguntou-lhes: «Que é que procuram?» Eles responderam: «Onde é que moras, Rabi?» Rabi significa Mestre. 39«Venham ver», respondeu-lhes Jesus. Eles foram. Viram onde morava e passaram o resto daquele dia com ele. Eram mais ou menos quatro horas da tarde.

40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João e seguiram Jesus. 41A primeira pessoa que André encontrou foi o seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias!» Messias significa Cristo. 42André levou o irmão a Jesus, que olhou bem para ele e disse: «Tu, Simão, filho de João, serás chamado Cefas.» Cefas quer dizer Pedro.

Filipe leva Natanael a Jesus

43No dia seguinte, Jesus quis ir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse-lhe: «Segue-me!» 44Filipe era de Betsaida, a cidade donde eram também André e Pedro. 45Filipe encontrou Natanael e disse: «Encontrámos aquele de quem Moisés escreveu nos livros da lei e de quem os profetas também falaram. É Jesus de Nazaré, filho de José.» 46Disse-lhe Natanael: «Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e vê!»

47Jesus viu Natanael aproximar-se e disse: «Aí vem um autêntico israelita, em quem não há fingimento!» 48Natanael perguntou-lhe: «Donde é que me conheces?» «Antes de Filipe te chamar, quando estavas debaixo da figueira, já eu te tinha visto», respondeu-lhe Jesus. 49Então Natanael disse-lhe: «Mestre, tu és o Filho de Deus! És o rei de Israel50Jesus respondeu-lhe: «Acreditas em mim apenas por eu dizer que te vi debaixo da figueira? Pois hás de ver coisas maiores!» 51E acrescentou: «Fiquem sabendo que ainda hão de ver o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem ao encontro do Filho do Homem

As bodas de Caná

1No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava lá. 2Jesus e os seus discípulos também foram convidados. 3A certa altura da boda faltou o vinho. Então a mãe de Jesus disse-lhe: «Já não têm vinho!» 4Jesus respondeu: «E que temos tu e eu a ver com isso, mulher? A minha hora ainda não chegou

5Ela então disse aos criados de mesa: «Façam tudo o que ele vos disser.» 6Havia ali seis vasilhas de pedra das que os judeus utilizavam para as suas cerimónias de purificação. Cada uma levava uns cem litros de água. 7Jesus mandou aos criados: «Encham de água essas vasilhas.» Eles encheram-nas até acima. 8Depois disse-lhes: «Tirem agora um pouco e levem ao mestre de cerimónias para ele provar» Eles assim fizeram. 9O mestre de cerimónias provou a água transformada em vinho. Não sabia o que tinha acontecido, pois só os criados é que estavam ao corrente do facto. Mandou então chamar o noivo 10e observou-lhe: «É costume nas bodas servir primeiro o vinho melhor e só depois de os convidados terem bebido bem é que se serve o menos bom. Mas tu guardaste o melhor até agora!»

11Deste modo, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais. Assim manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.

12Depois disto, Jesus desceu até Cafarnaum, com a sua mãe, os seus irmãos e os discípulos, e ficaram lá alguns dias.

Jesus no templo

(Mateus 21,12–13; Marcos 11,15–17; Lucas 19,45–46)

13Como se aproximava a festa da Páscoa dos judeus, Jesus foi a Jerusalém. 14No templo encontrou homens a vender bois, ovelhas, pombas, e os cambistas sentados às suas bancas. 15Ao ver isto, Jesus fez um chicote com umas cordas e expulsou do templo toda aquela gente com as ovelhas e os bois. Deitou por terra o dinheiro dos cambistas e virou-lhes as mesas. 16Depois disse aos que vendiam pombas: «Tirem tudo isto daqui! Não façam da casa de meu Pai uma casa de negócio!» 17Os seus discípulos lembraram-se das palavras da Sagrada Escritura: O zelo pela tua casa me consumirá.

18Então os chefes dos judeus perguntaram-lhe: «Que sinal nos mostras para poderes fazer isto?» 19Jesus respondeu: «Destruam este santuário e eu em três dias o hei de levantar.» 20E retorquiram-lhe: «Foram precisos quarenta e seis anos para construir este santuário e tu vens dizer-nos que o podes levantar em três dias21Mas o santuário de que Jesus falava era o seu próprio corpo. 22Por isso, quando ele ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Sagrada Escritura e nas suas palavras.

23Enquanto Jesus estava em Jerusalém, pela festa da Páscoa, muitos creram nele vendo os sinais que ele realizava. 24Mas Jesus não confiava neles porque os conhecia a todos. 25Não precisava que o informassem acerca das pessoas, porque sabia muito bem o que há dentro de cada um.

Encontro de Jesus com Nicodemos

1Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, que era um dos chefes dos judeus. 2Durante a noite foi ter com Jesus e disse-lhe: «Mestre, sabemos que Deus te enviou para nos ensinares. Ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.» 3Jesus respondeu-lhe: «Fica sabendo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo 4Nicodemos perguntou-lhe então: «Como é que um homem idoso pode voltar a nascer? Pode entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez?» 5Jesus respondeu: «Fica sabendo que só quem nascer da água e do Espírito é que pode entrar no reino de Deus. 6O que nasce de pais humanos é apenas humano, o que nasce do espírito é espiritual. 7Não te admires por eu te dizer: é preciso nascer de novo. 8O vento sopra onde quer; ouves o seu ruído, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece também com aquele que nasce do Espírito.»

9Nicodemos insistiu: «Como é que isso pode ser?» 10Jesus respondeu: «Tu és um dos mestres do povo de Israel e não sabes estas coisas? 11Repara bem no que te vou dizer: quando falamos é porque sabemos e quando afirmamos alguma coisa é porque vimos, mas não querem aceitar o que eu vos digo. 12Se não acreditam em mim quando vos falo das coisas deste mundo, como podem crer quando vos falar das do Céu? 13Ninguém subiu ao céu a não ser o Filho do Homem que veio do Céu. 14Assim como Moisés levantou a serpente de bronze no deserto , assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado 15para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna.

16Deus amou de tal modo o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crer não se perca, mas tenha a vida eterna. 17Não foi para condenar o mundo que Deus lhe enviou o seu Filho, mas sim para que o mundo fosse salvo por ele. 18Quem crê nele não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.

19O motivo da condenação é este: a luz veio ao mundo, mas o mundo preferiu as trevas porque as suas obras eram más. 20De facto, quem faz o mal detesta a luz e foge dela, para que as suas más obras não sejam descobertas; 21mas o que pratica a verdade, aproxima-se da luz e assim mostra publicamente que as suas obras foram feitas segundo a vontade de Deus.»

Jesus e João Batista

22Jesus foi mais tarde para a região da Judeia, com os discípulos. Passou lá algum tempo com eles e batizava. 23João estava também a batizar em Enon, perto de Salim, pois havia ali muita água, e o povo ia ter com ele para ser batizado. 24Nessa altura, ainda João não tinha sido preso.

25Um certo dia, levantou-se uma discussão entre alguns discípulos de João e um judeu a respeito das cerimónias de purificação. 26Foram por isso ter com João e disseram-lhe: «Mestre, aquele homem que estava contigo na outra margem do Jordão e do qual deste testemunho, anda agora a batizar e toda a gente vai ter com ele.» 27João respondeu: «O homem não pode conseguir nada se não lhe for dado por Deus. 28Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: Eu não sou o Messias mas apenas o que foi enviado adiante dele. 29O noivo é aquele a quem pertence a noiva e o amigo do noivo participa na boda e escuta a voz do noivo e regozija-se em ouvi-lo. Assim, também a minha alegria está agora completa. 30Ele é que deve crescer em importância e eu diminuir. 31Aquele que vem lá do alto está acima de todos os outros. Quem vem da Terra pertence à Terra e fala das coisas terrenas. O que vem do céu está acima de todos os outros; 32fala como testemunha do que lá viu e ouviu, mas ninguém aceita o que ele diz. 33Aceitar o seu testemunho é reconhecer que Deus é verdadeiro, 34porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus e não dá o Espírito por medida. 35O Pai ama o Filho e deu-lhe poder sobre todas as coisas. 36Aquele que acredita no Filho tem a vida eterna; quem não se deixa convencer pelo Filho não tem parte nessa vida, mas sobre ele recai o castigo de Deus.»

Diálogo com uma mulher samaritana

1Jesus soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele fazia e batizava mais discípulos do que João. 2Na verdade não era Jesus quem batizava, mas sim os discípulos. 3Então deixou a Judeia e voltou para a Galileia. 4Na viagem, tinha de atravessar a Samaria. 5Chegou então a uma terra da Samaria que se chama Sicar, perto do terreno que o patriarca Jacob tinha dado a seu filho José. 6Era ali o lugar do poço de Jacob. Cansado da caminhada, Jesus sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia.

7Nisto, chegou uma mulher samaritana que ia tirar água ao poço e Jesus pediu-lhe de beber. 8Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. 9A mulher disse-lhe: «Mas como é que tu, um judeu, te atreves a pedir-me água a mim que sou samaritana?» De facto, os judeus não se davam bem com os samaritanos. 10«Se tu conhecesses o que Deus tem para dar», respondeu-lhe Jesus, «e quem é aquele que te está a pedir água, tu é que lhe pedirias e ele dava-te água viva 11Disse-lhe a mulher: «Nem sequer tens um balde e o poço é fundo! Donde é que tiras a água viva? 12O nosso antepassado Jacob deixou-nos este poço. Ele mesmo, os seus filhos e os seus rebanhos vinham aqui beber. Não me digas que és mais importante que Jacob.» 13«Quem bebe desta água», afirmou Jesus, «volta a ter sede, 14mas quem beber da água que eu lhe der, nunca mais há de ter sede, porque a água que eu lhe der torna-se dentro dessa pessoa numa fonte que lhe dá a vida eterna 15A mulher pediu-lhe: «Senhor, dá-me então dessa água para eu nunca mais ter sede, nem precisar de vir buscar água a este poço.» 16Disse-lhe Jesus: «Vai chamar o teu marido e volta cá.» 17«Não tenho marido», disse ela. Jesus continuou: «Tens razão em dizer que não tens marido, 18porque já tiveste cinco e o que tens agora nem é teu marido. Disseste a verdade.»

19A mulher reconheceu então: «Senhor, estou a ver que és profeta! 20Os nossos antepassados samaritanos adoraram a Deus neste monte. Vocês dizem que só em Jerusalém é que se deve adorar a Deus21«Acredita no que te digo, mulher!», declarou Jesus. «Chegou a hora em que não é neste monte nem em Jerusalém que hão de adorar o Pai. 22Os samaritanos adoram a Deus sem o conhecerem bem; nós os judeus, sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus . 23Porém, está a chegar a hora — e é agora mesmo — em que aquele que adora o Pai o há de adorar no Espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. 24Deus é espírito e os que o adoram devem fazê-lo no Espírito e em verdade.» 25A mulher disse então a Jesus: «Sei que o Messias, isto é, o Cristo, há de vir. Quando ele vier há de anunciar-nos todas essas coisas.» 26Respondeu-lhe Jesus: «Tu estás a falar com ele. Sou eu mesmo.»

27Nessa altura, chegaram os discípulos de Jesus e ficaram admirados quando o viram a falar com uma mulher. Mas nenhum se atreveu a perguntar: «Que procuras?» Ou: «Por que estás a falar com ela?»

28A mulher então deixou o cântaro, foi à cidade e disse ao povo: 29«Venham ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será este o Messias?» 30Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus.

31Entretanto, os discípulos teimavam com Jesus para que comesse qualquer coisa. 32Mas ele respondeu-lhes: «Eu tenho uma comida que não conhecem.» 33Os discípulos começaram a dizer entre si: «Será que alguém lhe trouxe de comer?» 34Jesus declarou: «A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e terminar a sua obra.

35Não dizem que faltam ainda quatro meses para o tempo da ceifa? Pois eu digo-vos: Levantem os olhos e vejam como as searas já estão maduras para a ceifa. 36O ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o grão para a vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo tanto o que semeia como o que ceifa. 37É bem verdade o que diz o ditado: “Um é o que semeia e outro o que ceifa.” 38Também eu vos enviei a ceifar o que não cultivaram. Outros cansaram-se a trabalhar e vocês recolheram o fruto do seu trabalho.»

39Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, devido à palavra de testemunho daquela mulher: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.» 40Por isso, quando foram ter com Jesus, estes samaritanos pediram-lhe que ficasse com eles. Ficou lá dois dias 41e muitos outros o aceitaram ao ouvirem-no falar. 42E diziam à mulher: «Agora cremos, não apenas por aquilo que tu nos contaste, mas porque nós mesmos o ouvimos. Temos a certeza que ele é verdadeiramente o Salvador do mundo

Cura do filho de um oficial

43Depois daqueles dois dias, Jesus saiu da Samaria para a Galileia. 44Ele mesmo tinha declarado que nenhum profeta é apreciado na sua própria terra; 45mas, ao chegar à Galileia, foi bem recebido pelos galileus, porque tinham visto tudo quanto fizera em Jerusalém, durante a festa, já que eles também tinham estado na festa.

46Em seguida, voltou a Caná da Galileia, onde tinha mudado a água em vinho. Havia lá um alto funcionário real que tinha um filho doente em Cafarnaum. 47Quando ouviu dizer que Jesus tinha chegado à Galileia, vindo da Judeia, foi ter com ele e pediu-lhe muito que fosse a sua casa para lhe curar o filho que estava à morte. 48Disse-lhe Jesus: «Só acreditam quando veem sinais e prodígios!» 49O funcionário pediu-lhe uma vez mais: «Senhor, vem depressa comigo antes que o meu filho morra.» 50Jesus então tranquilizou-o: «Volta para casa, que o teu filho está salvo!» O homem acreditou na palavra de Jesus e foi para casa. 51Ainda ia a caminho quando os criados foram ao seu encontro para lhe dizerem que o filho estava melhor. 52Perguntou-lhes a que horas o filho tinha melhorado e responderam: «Já não tem febre desde ontem à uma hora da tarde.» 53O pai lembrou-se que tinha sido exatamente a essa hora que Jesus lhe dissera: «O teu filho está salvo.» E tanto ele como toda a sua família creram em Jesus.

54Foi este o segundo sinal que Jesus realizou ao ir da Judeia para a Galileia.

REFLEXÃO

Existem muitas razões, pelas quais, as pessoas fazem cruzeiros, mas a de Jonas deve ser a mais original. “Sabes uma coisa? Estou a fugir de Deus!” (1:10). Assim começa este livro delicioso que mais parece uma peça de teatro em quatro atos do que literatura profética.

Primeiro Ato: Fugir de Deus Hoje em dia, somos demasiado sofisticados para acreditar que podemos fugir de Deus. Certo? Mas, a viagem de Jonas para Társis, não é mais ridícula do que quando pecamos e agimos como se fosse segredo. O pecado é assim, leva-nos a fazer coisas que sabemos não serem corretas, (1:12; Romanos 7:7-25) e depois convence-nos de que não há nada de mal nisso (4:2).

Segundo Ato: Oração por salvação Jonas foi engolido por um grande peixe (1:17-2:1) e, apesar de ser motivo de riso, na peça de teatro da Escola Dominical, deve ter sido uma experiência aterradora (2:3-6). Dar de caras com as consequências do nosso pecado, pode ser terrível. Nessas alturas, as nossas justificações distorcidas pelo pecado, desfazem-se e percebemos que a única esperança é gritar: “Senhor, salva-me!” A experiência de Jonas, também simboliza a nossa necessidade de salvação.

Terceiro Ato: Reavivamento em Nínive O que é animador, neste capítulo, é que Deus dá uma segunda oportunidade a todas as pessoas. O fracasso não nos des-qualifica para o trabalho de Deus. Mas, a indisponibilidade para o arrependimento, sim. Os Ninivitas viraram as costas aos seus costumes perversos e acreditaram em Deus. Foi o mesmo ato de fé que Deus honrou em Abraão (Jonas 3:5; Génesis 15:6).

Quarto Ato: Desapontamento com Deus Esta “peça” talvez tivesse tido mais hipóteses de ser um grande sucesso, se terminasse no terceiro ato! Mas, a vida real, não é assim; por vezes, acontecem coisas que nos levam a questionar Deus. Contudo, a birra temperamental de Jonas, ainda, dá a Deus outra oportunidade para demonstrar a sua paciência e o seu amor. Algumas pessoas acreditam que o Deus do Antigo Testamento, não perdoa e é severo… apesar das evidências em contrário. Até Jonas o sabia (4:2).

APLICAÇÃO

Alguma vez te sentiste desapontado com Deus? Porquê? O que restaurou a tua confiança nele?

ORAÇÃO

“Mas eu, com hinos de gratidão, hei-de oferecer-te um sacrifício e cumprirei as minhas promessas. Só tu, SENHOR, podes livrar-nos do perigo” (Jonas 2:9).

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.17.10
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