Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 21

Texto(s) bíblico

1Mais vale ser pobre e honrado

do que insensato e caluniador.

2O entusiasmo sem conhecimento não é bom;

as muitas pressas fazem tropeçar.

3A estupidez do homem fá-lo desviar-se do bom caminho,

mas ele atribui as culpas ao Senhor.

4Com riqueza multiplicam-se os amigos;

ao pobre até o único amigo o abandona.

5A falsa testemunha não ficará sem castigo;

o mentiroso não escapará.

6O homem importante tem muitos aduladores:

todos são amigos de quem dá presentes.

7Se ao pobre até os seus irmãos o desprezam,

com maior razão os seus amigos se afastam dele.

Ele bem fala com eles, mas sem resultado.

8Quem aprende a refletir trabalha para o seu próprio bem;

quem se aplica ao entendimento encontra a felicidade.

9A falsa testemunha não ficará sem castigo;

o mentiroso não escapará à morte.

10Não convém que o insensato viva entre delícias

e muito menos que um escravo domine os grandes senhores.

11O homem inteligente domina a sua ira:

sente honra em passar por cima das ofensas.

12A ira do rei é como o rugido do leão;

a sua benevolência é como o orvalho sobre a erva.

13O filho insensato faz a ruína de seu pai;

as recriminações da esposa são uma goteira que não para.

14Dos pais recebem-se casas e bens;

uma mulher sensata é dádiva do Senhor.

15A preguiça faz dormir profundamente;

a inação faz passar fome.

16Quem guarda o mandamento guarda a sua vida;

quem despreza o seu cumprimento morrerá.

17Quem faz bem ao pobre empresta ao Senhor:

ele lhe retribuirá o benefício.

18Corrige o teu filho porque isso traz esperança,

mas não te irrites a ponto de lhe causar a morte.

19O homem que se encoleriza sofrerá o castigo:

se o poupares, incita-lo a recomeçar.

20Ouve os conselhos e aceita a correção;

com o tempo acabarás por te tornar sábio.

21O homem elabora muitos planos,

mas é a decisão do Senhor que prevalecerá.

22O que se exige do homem é lealdade;

mais vale ser pobre do que mentiroso.

23Respeitar o Senhor conduz à vida,

uma vida de abundância, ao abrigo do mal.

24O preguiçoso mete a mão no prato,

mas nem sequer é capaz de a levar à boca.

25Castiga o arrogante e o insensato aproveitará a lição;

repreende o homem sensato e ele compreenderá.

26O que maltrata o seu pai e expulsa a sua mãe

é um filho indigno e infame.

27Meu filho, se deixares de escutar as advertências,

também te afastarás das lições de sabedoria.

28A falsa testemunha troça da justiça;

e a boca dos ímpios enche-se de iniquidade.

29Há castigos preparados para os insolentes

e açoites para as costas dos insensatos.

Há coisas que importa assegurar, enquanto outras se devem dispensar sem pestanejar. Dê-se sempre prioridade à honra, mesmo que embrulhada em pobreza, face à insensatez e à calúnia. Desconfie-se solenemente do “entusiasmo sem conhecimento”, pois a pressa é inimiga da perfeição. Pare-se lá de vez com a mania de atribuir a Deus as culpas dos nossos desvarios. Nós é que nos deixamos ludibriar por gente interesseira que só nos acompanha enquanto estamos na crista da onda. Já Deus nunca nos abandona, mesmo quando estamos nas lonas e completamente esfarrapados. Guarde-se distância das meias-verdades, das falsas testemunhas e de pessoas com muita lábia. Fuja-se a alta velocidade dos aduladores e dos mentirosos. A lealdade à verdade não tem preço e “quem aprende a refletir trabalha para o seu próprio bem”, acabando “por encontrar a felicidade.” Semelhantemente, sejamos inteligentes “dominando a nossa ira” e “passando por cima das ofensas.” Dispensemos a raiva e abracemos formas benevolentes de (re)agir. Contribuamos para o bom ambiente das pessoas que nos circundam, ao invés de lhes arruinar os dias. Tratemos sempre os nossos pais com brandura e os filhos com amor e firmeza. Paremos de azucrinar a cabeça de familiares, amigos e vizinhos, cultivando um espírito de gratidão e não de crítica crónica. Enrolemos a língua, arregacemos as mangas e coloquemos as mãos ao trabalho. Livremo-nos de fazer as figuras tristes do preguiçoso que “mete a mão no prato, mas nem sequer é capaz de a levar à boca.” Sejamos generosos ao invés de somíticos e constataremos que Deus jamais nos faltará com o que quer que seja. Até porque por mais planos que elaboremos, todos eles dependem da Sua aprovação. Escutemos atentamente os conselhos que nos vai sussurrando ao longo dos dias, pois concorrem para o nosso bem-estar integral.

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.14
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