Dia 22
Texto(s) bíblico
Provérbios 20
Já nos vemos aflitos para lidar com a nossa arrogância natural, que fazemos bem em dispensar aditivos que contribuam ainda mais para acentuar os nossos distúrbios. Viver sob o efeito de tóxicos não só nos tolda a consciência como coloca em perigo o nosso presente futuro. Mantenham-se os sentidos bem alerta para se ajuizar convenientemente o que convém. Haja tato redobrado tanto nas abordagens de que somos alvo como nas que nós próprios estabelecemos. Nada de provocar a ira de gente poderosa e descompensada. Façamos questão de nos tornar conhecidos por pôr fim a discussões e não por as querermos ganhar à força toda. Caracterize-nos uma postura honrada em tudo o que nos envolvemos e não a cultura da lei do menor esforço. E caso surja o mais leve indício de uma crise de preguiça aguda, avivemos a memória com o provérbio ancestral: “Se passas o tempo a dormir, ficarás pobre: mantém-te desperto e terás pão de sobra.” Pautemos pensamentos e ações pela honestidade. Nada de fintas, piruetas, cartas na manga, intrujices e afins para passar a perna a quem quer que seja. Mesmo em simples negócios pugnemos pela transparência. Evitemos tudo o que seja fiado ou roubado, pois inicialmente pode ter um sabor adocicado, mas azeda num instante. Levemos uma vida às claras, sem fingir ausência de defeitos: “Quem pode dizer que tem a consciência tranquila e que está limpo de qualquer pecado?” É bom não esquecer que Deus detesta a falsidade e desmascara a hipocrisia. Arregalemos os olhos, desenceremos os ouvidos, meditemos profundamente e ajustemo-nos ao Seu carácter: “A consciência é a lâmpada que o Senhor dá ao homem para iluminar o mais profundo do seu ser.” Por muito bons que enganosamente nos achemos, somos inconstantes, logo carentes de orientação. Duvidemos da nossa débil força ou pretensa maturidade. Aconselhemo-nos devidamente antes de um projeto ou de uma batalha. Coloquemos a nossa confiança em Deus, dizendo adeus a sentimentos caídos. Ao falar, com Ele ou com as pessoas que nos rodeiam, pesemos o valor precioso de cada palavra. Reflitamos bem antes de nos comprometermos com algo. Fujamos dos mexericos. Abençoemos aqueles que nos criaram e desfaçamo-nos de todo o tipo de ingratidão. Desconfiemos da segurança dos bens e invistamos no que é eterno: Deus e os Seus valores. Ele, usando os meios que entender, acabará por, na Sua bondade e fidelidade, nos ir trabalhando por dentro. Sim, “Deus é quem dirige a vida do homem; ninguém conhece o seu próprio destino.”