Dia 23
Texto(s) bíblico
Provérbios 21
Quer queiramos quer não o curso da nossa vida está nas mãos de Deus, por mais força que façamos para nos agarrarmos ao volante da mesma. Devemos, com certeza, fazer escolhas em momentos chave, mas convém pedir-Lhe que nos ajude a aferir as nossas reais motivações. Há que fazer o trabalhinho de casa e vigiar a nossa velha natureza, que por sinal está aí sempre para as curvas, cheia de genica. “O olhar altivo e o espírito orgulhoso” são das primeiras coisinhas que se impõe controlar. Travemos igualmente a fundo quando nos depararmos com possibilidades de enriquecer à custa de mentiras. Não nos iludamos com algo que nos arrastará para a morte, daí que também a violência, a preguiça e a cobiça não sejam boas companheiras, muito menos conselheiras idóneas. Dispensemos sem cerimónia qualquer tipo de ajuda mal-intencionada. Por isso, atenção redobrada com falsas testemunhas e gente perversa. Rodeemo-nos de pessoas que sabem escutar, pois são essas que, no pouco que dizem, nos podem conduzir às respostas que procuramos. Desprendamo-nos de prazeres assolapados, caso contrário arruinar-nos-ão, fazendo-nos gastar compulsivamente tudo o que temos e não temos. Ao invés de espatifarmos recursos e nos fazermos surdos ao rogo dos desafortunados, disciplinemo-nos a partilhar. Sim, “a prática da justiça agrada a Deus.” Sejamos intencionais no que damos e dizemos, pois, “os planos bem trabalhados dão bons resultados.” Alegremo-nos constantemente em “fazer o que é reto.” Aprendamos com os nossos próprios erros e não sejamos casmurros a ponto de os varrermos para baixo do tapete. Pugnemos pela generosidade, polvilhando-a com discrição, e desfaremos inúmeras desavenças em potência. Mas nada de acanhamentos quando for para bater o pé “em favor dos justos e honestos.” Enfrentemos todos os bastiões da autossuficiência com inteligência: “Um sábio pode atacar uma cidade defendida por heróis e derrubar as fortificações em que eles confiavam.” Adotemos a simplicidade e a paz como lema de vida, contentando-nos com pouco, sem mania das grandezas. Não queiramos proximidade com a arrogância e a troça, mas andemos de mão dada com a ponderação e seremos poupados de imensos tropeções. Jamais percamos a noção que Deus na Sua justiça não permite que a Sua vontade seja deturpada. Preparemo-nos bem para as batalhas do quotidiano, contudo tenhamos bem presente que “é Ele quem dá a vitória.”