Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 25

Texto(s) bíblico

6

1Quando um grande senhor te convidar,

toma cuidado com o que está diante de ti.

2Ainda que tenhas muita fome,

refreia o teu apetite;

3não cobices os seus bons manjares,

pois pode ter-te convidado com más intenções.

7

4Não corras atrás das riquezas;

evita pôr nisso a tua ambição.

5Pões nelas os olhos e já desapareceram;

até parece que elas têm asas

e fogem voando pelo céu como as águias.

8

6Não comas com um homem mal-intencionado,

nem cobices os seus bons manjares,

7pois ele é como alguém que se serve a si mesmo.

Diz-te: «Come! Bebe!»

Mas não o diz com sinceridade.

8Vomitarás aquilo que comeste

e desperdiçarás palavras amáveis.

9

9Não fales aos ouvidos do insensato,

porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.

10

10Não mudes de lugar os marcos antigos,

nem invadas o terreno dos órfãos,

11porque eles têm em Deus um defensor poderoso,

que defenderá a sua causa contra ti.

11

12Abre o teu espírito à educação

e os teus ouvidos aos conselhos da experiência.

12

13Não deixes de castigar o jovem;

umas vergastadas não o matam.

14Castigando-o com umas vergastadas,

poderás livrá-lo de erros mortais.

13

15Meu filho, se o teu coração for sábio,

também o meu coração se alegrará;

16rejubilarei profundamente

quando te ouvir falar com retidão.

14

17Não tenhas inveja dos pecadores;

mas mantém-te sempre no respeito pelo Senhor.

18Poderás então esperar um bom futuro

e a tua esperança não sairá frustrada.

15

19Escuta bem, meu filho, para alcançares a sabedoria;

procura seguir o bom caminho.

20Não te juntes com os que se embriagam

nem com os que comem demais,

21porque bêbedos e comilões acabam na miséria;

a sua indolência cobri-los-á de andrajos.

16

22Escuta o teu pai, a quem deves a vida,

e não desprezes a tua mãe, quando for velha.

23Adquire verdade, sabedoria, educação e prudência

e não as vendas por preço nenhum.

24A maior alegria e felicidade de um pai

é ter dado a vida a um homem honesto e sábio;

25dá essa alegria ao teu pai e à tua mãe,

dá esse prazer àquela que te deu à luz.

17

26Presta-me bem atenção, meu filho,

segue com prazer o meu exemplo.

27Olha que a prostituta e a mulher leviana

são um poço estreito, um abismo sem fundo;

28elas fazem-te emboscadas, como os salteadores,

e fazem que muitos homens se tornem infiéis.

18

29Quem anda sempre em contendas e lamentos,

ferido sem motivo e de olhos avermelhados,

30são aqueles que se deixam arrastar pelo vinho

e fazem sem cessar novas misturas de álcool.

31Não te deixes tentar pela bela cor vermelha

do vinho que brilha no copo.

Ele bebe-se com agrado,

32mas depois terás a impressão de teres sido mordido

por uma cobra ou por um bicho peçonhento.

33Verás coisas estranhas

e dirás coisas absurdas.

34Julgarás que estás no fundo do mar

a dormir, ou deitado no topo dum mastro.

35E dirás: «Espancaram-me e não me doeu;

bateram-me e não senti nada!

Quando é que vou acordar?

Vou beber mais!»

Há que ter um cuidado extremo com ofertas de mão beijada. Não se trata de ingratidão, antes de prudência. Convém sempre avaliar as intenções de convites inesperados. Por muito desejo que se tenha de saborear essas oportunidades, há que refrear o apetite. Ter mais olhos do que barriga redunda geralmente em empanturramentos tristes. Não demos lugar à cobiça e evitaremos as congestões da alma. Recusemos grande intimidade com gente que “se serve a si mesma.” Não fiquemos impressionados com as palmadinhas nas costas de pessoas falsas, pois sem darmos por ela gostam de as entremear com umas quantas facadas. Rejeitemos engolir aquilo que insistentemente nos querem fazer crer que é uma delícia, para não se dar o caso de termos de o vomitar. Procedamos de igual modo quando nos tentarem com a ingestão desabrida de álcool. O vinho que brilha no copo pode ser altamente sedutor, mas quando bebido desregradamente torna-se num bicho venenoso. Façamos questão de manter a sobriedade, até porque passamos bem melhor sem alucinações e sem falar barbaridades pelos cotovelos. Fechemos os ouvidos a todas as vozes da insensatez, e paremos de correr atrás de vícios e riquezas. Estimulemo-nos mutuamente à piedade e à disciplina, sem as quais não se chega à fidelidade. Ambicionemos coisas perenes e poderemos “esperar um bom futuro, pois a nossa esperança não sairá frustrada.” Assim, “adquiramos verdade, sabedoria, educação e prudência e não as vendamos por preço nenhum.” Preservemos os marcos antigos estabelecidos por Deus, como a honra e a dignidade dos mais frágeis. Cultivemos um espírito de aprendizagem contínua e insistamos em “seguir o bom caminho”: Amando Deus acima de tudo e o próximo como a nós mesmos.

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.14
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