Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 26

Texto(s) bíblico

19

1Não tenhas inveja dos homens maus,

nem desejes a sua companhia,

2porque eles só pensam na violência

e não falam senão em fazer mal.

20

3É preciso sabedoria para construir uma casa

e inteligência para a tornar segura.

4Com experiência, enchem-se os quartos

com objetos valiosos e de bom gosto.

21

5A sabedoria do homem faz a sua força

e quem tem experiência aumenta o seu poder;

6deves fazer a guerra com bons planos,

pois a vitória depende dos muitos conselheiros.

22

7A sabedoria é inacessível ao insensato,

por isso, não sabe o que dizer na assembleia da cidade.

23

8Quem só pensa em fazer mal

ganha fama de mal-intencionado.

9A insensatez só pensa no crime;

e a insolência é abominação para os humanos.

24

10Se perdes a coragem, diante das dificuldades,

é porque a tua força é fraca.

25

11Se puderes, salva os condenados à morte;

ajuda os que são levados para o suplício;

12porque, se disseres que não sabias,

Deus que, tudo sabe, te julgará.

Ele vigia-te e sabe;

ele paga a cada um segundo as suas ações.

26

13Come mel, meu filho, porque faz bem

e o seu gosto vai-te ser agradável.

14Adquire a sabedoria e terás vida;

se a encontrares terás futuro

e a tua esperança não ficará frustrada.

27

15Não tentes, como um malfeitor,

apropriar-te da casa do homem honesto,

nem destruas a sua habitação,

16porque, ainda que venha a cair muitas vezes,

outras tantas se levantará;

porém os malfeitores são apanhados pela desgraça.

28

17Quando o teu inimigo cair não te regozijes,

nem te alegres quando ele tropeçar na desgraça.

18O Senhor veria isso com desagrado

e deixaria de castigar o teu inimigo.

29

19Não te aflijas por causa dos malfeitores,

nem sintas inveja dos homens perversos;

20porque o malfeitor não terá futuro

e o perverso apagar-se-á como uma lâmpada.

30

21Meu filho, respeita o Senhor e o rei

e não te metas com quem gosta de revoltas,

22porque a sua ruína chega num instante

e ninguém sabe a medida do castigo que os espera.

Outras considerações dos sábios

23Estas são também sentenças dos sábios:

Não é bom fazer discriminação nos julgamentos.

24Se um juiz declarar inocente um malfeitor,

os povos amaldiçoá-lo-ão

e as nações o desprezarão.

25Porém os que condenarem o culpado serão louvados

e recompensados com o reconhecimento de todos.

26O que responde com sinceridade

dá provas de grande amizade.

27Arruma primeiro os teus negócios no exterior

e trata bem dos teus campos;

depois, podes edificar a tua casa.

28Não testemunhes sem razão contra ninguém,

para não fazeres falsas afirmações.

29Não digas: «Vou fazer-lhe, a ele, o mesmo que ele me fez a mim;

cada qual me paga conforme aquilo que fez.»

30Passei um dia pelo campo do preguiçoso

e pela vinha do insensato;

31o que vi foi um terreno cheio de cardos,

todo coberto de urtigas

e o muro da cerca deitado abaixo.

32Ao ver isto, refleti

e tirei daí a seguinte lição:

33Dormes um pouco, dormitas um bocado,

cruzas as mãos para dormires um pouco mais

34e a pobreza e a miséria virão atacar-te,

como um vagabundo ou como um salteador armado.

Se o ato de invejar já é deplorável, é inconcebível cobiçar a maldade alheia. Longe de nós, pois, desejar a companhia de gente má como as cobras. Fujamos em passo de corrida da esfera de influência de pessoas movidas a violência. Repudiemos práticas abusivas, subtraindo a terceiros o que lhes pertence por direito. Nada de festejar quedas alheias, nem de nos armarmos em justiceiros. Sejamos inteligentes na construção de relacionamentos, de forma a manter segura a nossa alma. Sim, com tato e critério é possível encher o coração de valores nobres. Demos prioridade à ética laboral e ao serviço comunitário, pensando depois então nos benefícios pessoais. Usemos a cabeça para progredir na senda do bem, sem abdicar de consultar conselheiros idóneos. Quem se fecha à aprendizagem rapidamente perde o pio. Demos voz aos pequeninos e oponhamo-nos à discriminação e à corrupção. Integremos o grupo dos que “responde com sinceridade, dando assim prova de grande amizade.” Não se confunda esse princípio com o péssimo hábito de dizer tudo o que vem à cabeça. “Não testemunhemos sem razão contra ninguém”, correndo o risco de prestar falsas declarações. Desarmemo-nos de arsenais verbais, dizendo que faremos isto e aquilo ou que retrucaremos na mesma moeda. Abramo-nos antes ao crescimento no amor e jamais teremos o rótulo de sermos mal-intencionados. Daí que importa recusar terminantemente todas as boleias da preguiça. Pensemos em semear a paz, sem perder a coragem “diante das dificuldades.” Lancemos a mão a quem estragou a pintura e perdeu a esperança por completo. Imitemos Deus que é um autêntico especialista em casos perdidos, sendo nós a prova disso mesmo. Alimentemo-nos do Seu doce carácter e “encontraremos futuro” pleno de significado. Coloquemo-nos permanentemente do Seu lado e acabaremos por evitar alhadas maiores do que os dissabores momentâneos de sermos Seus seguidores.

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.14
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