Dia 27
Texto(s) bíblico
Provérbios 25
Segunda coleção de provérbios (25,1—29,27)
Temos tanto para aprender com Deus. É grande em tudo, até na forma como age misteriosamente. Extraiamos também proveito dos sábios que raciocinam sobre os grandes segredos da vida. E por mais impenetráveis que nos pareçam os seus pensamentos, tomemos devida nota sobre as conclusões empíricas a que chegaram. Prontifiquemo-nos a purgar as impurezas alojadas em nós, a fim de nos tornarmos autênticas obras de arte. Atenção, pois, às areias que emperram o funcionamento saudável de qualquer comunidade familiar, desportiva, académica, empresarial e até de fé. Erradiquemos a gabarolice e a esperteza saloia do cardápio dos relacionamentos interpessoais. E mesmo nas ocasiões em que nos julguemos carregados de razão, “não nos apressemos a entrar em litígios.” Nada de nos pavonearmos porque equivocamo-nos como toda a gente. Demos a mão à palmatória sempre que errarmos, em vez de taparmos o sol com a peneira revelando segredos alheios ou levantando falsos testemunhos; pois, nestes casos envergonhamos meio mundo e desacreditamo-nos em toda a linha. A mentira “faz tanto mal como um pau, uma espada ou uma flecha aguçada.” Refreemos a língua e usemo-la com mestria: “Uma palavra dita a tempo é tão preciosa como maçãs de ouro esculpidas em prata.” Incluindo a repreensão que muitos consideram uma intromissão detestável, mas que é de valor incalculável e pode ser altamente refrescante. Não nos deixemos amedrontar face ao mal. Sejamos corajosos para dizer sempre a verdade. Haja decoro no que se partilha, sem autoelogios tolos. Polvilhemos os diálogos em que nos envolvemos com paciência e “palavras suaves”, amaciando o coração dos nossos interlocutores. Evitemos os exageros, pois tudo o que é demais cansa. Na ânsia de querer ajudar não abafemos o outro, mas também não caiamos na esparrela de confiar às cegas em qualquer um na hora da desgraça. Cuidado para não darmos cabo de amizades de tanto nos intrometermos; nem de teorizarmos auxílio diante das tribulações de alguém. Abracemos o lema que Jesus afamou: “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede, dá-lhe de beber; procedendo assim fazes-lhe arder a cara de vergonha; o Senhor te recompensará.” Insistamos no caminho da simplicidade e da paz, começando pelo nosso coração: “Como uma cidade sem defesa nem muralhas é o homem que não domina os seus impulsos.”