Sociedade Bíblica de Portugal

Dia 28

Texto(s) bíblico

1Honrarias para um insensato são tão impróprias

como neve no verão e chuva no tempo das colheitas.

2Como o pássaro e a andorinha que voam sem pousar,

a maldição sem motivo não atingirá o objetivo.

3O cavalo domina-se com o chicote,

o jumento, com o freio, e o insensato, com a vara.

4Não respondas ao insensato com a mesma insensatez,

para não te tornares semelhante a ele.

5Responde ao insensato como merece a sua insensatez,

para que ele não pense que é sensato.

6Confiar uma mensagem a um insensato

é como cortar os próprios pés: só traz problemas.

7Um provérbio na boca dum insensato

é tão fraco como as pernas dum coxo.

8É tão absurdo atar a pedra à funda

como dar honras aos insensatos.

9Como um ramo de espinheiro na mão de um bêbedo,

é o provérbio na boca do insensato.

10Quem dá emprego a um insensato

ou a um desconhecido que passa

põe toda a gente em perigo.

11Como o cão que volta ao seu vómito,

assim o insensato repete as suas tolices.

12Há mais a esperar do insensato

do que daquele que se julga muito sábio.

13O preguiçoso desculpa-se:

«Anda uma fera à solta,

um leão a correr pelas ruas.»

14Como a porta gira nas dobradiças,

o preguiçoso volta-se na cama.

15O preguiçoso mete a mão no prato,

mas nem sequer é capaz de a levar à boca.

16O preguiçoso julga-se mais sábio do que sete pessoas

que sabem responder com inteligência.

17Intrometer-se em questões alheias

é como agarrar pelas orelhas um cão que passa.

18Como o louco que lança brasas,

flechas e objetos mortíferos,

19assim é o homem que engana o seu semelhante

e depois lhe diz que foi por brincadeira.

20Sem lenha apaga-se o fogo;

faltando o mexeriqueiro cessa a contenda.

21O carvão mantém as brasas, a lenha mantém o fogo;

o intriguista mantém a contenda.

22As palavras do mexeriqueiro são como guloseimas,

que todos gostam de engolir.

23As palavras calorosas com má intenção

são como verniz prateado encobrindo louça de barro.

24O homem que odeia, dissimula quando fala,

mas no seu íntimo esconde planos malévolos.

25Quando fala com amabilidade, não te fies nele,

porque a sua mente está cheia de coisas abomináveis.

26Embora ele procure esconder o seu ódio com embustes,

toda a gente acabará por descobrir a sua maldade.

27O que abre uma cova para armadilha nela cairá;

o que faz rolar penedos fica esmagado debaixo deles.

28O mentiroso odeia aqueles a quem engana;

o que usa de lisonja empurra para a ruína.

Sempre que possível é de bom tom viver em paz com toda a gente, no entanto há precauções a ter em conta. Sem rotular ninguém, tenhamos em consideração certo tipo de pessoas que se destacam pela insensatez. Por mais galões que ostentem, evitemo-las. Devemos manter sempre em alta o nível de educação, mas sejamos severos diante da tolice crónica. Jamais respondamos a um desajuizado na mesma moeda, “para não nos tornarmos semelhante a ele.” Interajamos com firmeza com os imprudentes para que não se estiquem, nem se achem mais espertos do que os outros. E não engulamos a máscara de confiabilidade que tais pessoas colocam em tempos de fragilidade ou necessidade pelos quais passemos. Confidenciar algo íntimo a um estroina é o mesmo que entregar o ouro ao bandido. Delegar responsabilidades de monta a um doidivanas é colocar um monte de vidas em perigo. Nada de meter a cabeça de baixo da areia e sublimar os erros que um boémio repita vez após vez. Por outro lado, também não se espere muito de quem se julga um autêntico suprassumo. Corações soberbos são tão perigosos quanto os preguiçosos. Ambos dão voltas e mais voltas, usando argumentos inacreditáveis, para ficarem por cima e passarem a perna aos restantes. Aprendamos com o seu mau exemplo para não resvalarmos em fanfarronices semelhantes. Pautemo-nos pela moderação, sem acicatar os ânimos, nem brincar com coisas sérias. Combatamos qualquer foco de mexericos e contribuiremos para o desaparecimento de boatos e contendas. Recusemos a oferta de guloseimas nefastas como a murmuração e a malícia. Não nos fiemos em abordagens melosas, pois mais não são do que formas enceradas de nos ludibriar. A despeito de tanta maquinação maldosa, sossegue-nos o facto de, por mais sofisticado que seja o embuste, tudo acabará por vir à tona. E no caso de nos quererem amedrontar, nada de receios infundados ou superstições, pois “a maldição sem motivo não atingirá o objetivo.”

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.14
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