Puro e Impuro: Impureza das Pessoas

As pessoas podem tornar-se impuras de várias maneiras, por exemplo:

Inchaços, erupções cutâneas ou marcas na pele podem ser indicadores de tzaraat. Essa doença de pele resultava num estado de impureza, que só terminava quando a doença da pele desaparecia ou quando a pessoa afetada morria. A pessoa com tzaraat tinha de ser separada da comunidade.

Se a doença ficasse curada, seguia-se uma “declaração de pureza” pelo sacerdote. Depois disso, a pessoa curada tinha de trazer uma oferta de purificação, lavar as roupas, cortar o cabelo e finalmente lavar o corpo. Depois disso, poderia voltar a juntar-se à comunidade. As regras aplicadas ao tzaraat são encontradas principalmente em Levítico 13-14.

Certos fluidos excretados pelo organismo, ou seja, sangue (menstrual), sémen e fluidos pós-parto, tornavam uma pessoa impura. O período de impureza que se seguia dependia do tipo de excreção. Tais fluxos eram provavelmente vistos como profanadores por estarem relacionados com a reprodução. Atribuíam-se à reprodução forças poderosas e misteriosas.  

Podemos encontrar regras acerca deste tipo de impureza especialmente em Levítico 12 e Levítico 15.

Também se ficava impuro ao tocar num cadáver, num osso humano ou numa sepultura ( Números 19). Como as pessoas mortas tinham de ser enterradas, não era possível evitar completamente este tipo de impureza. Mas, para alguém se tornar puro novamente, tinha de passar por extensos rituais de purificação.

De acordo com a Torá, a impureza é contagiosa, e portanto uma pessoa também podia tornar-se impura tocando numa pessoa ou objeto impuros (veja, por exemplo, Levítico 5: 3 e Números 19: 16). No entanto, nesses casos, as pessoas não tinham de ficar fora da comunidade.