Sociedade Bíblica de Portugal

81 – De Paulo para as Igrejas – AMÉM, IRMÃO!

DE PAULO PARA AS IGREJASTal como descobrimos ao ler o livro dos Atos, Paulo viajou por todo o Império Romano a pregar o evangelho e a começar igrejas. Foi uma missão empolgante e perigosa, mas, apesar de todas as dificuldades encontradas, ele foi eficaz.Porém, o seu sucesso na plantação de igrejas criou um problema. Como man-ter estas comunidades de novos crentes na direção certa, após a sua parti-da? A maioria delas vivia em cidades pagãs, cheias de idolatria e imoralidade. Muitas das vezes, Paulo só tinha oportunidade de pregar o essencial das Boas Novas, até ser corrido da cidade, pelos seus inimigos. Havia muito mais a comunicar acerca do evangelho, acerca da vida Cristã, da Igreja e de outros assuntos ainda.Além dos inimigos, Paulo teve de enfrentar falsos profetas que andavam de um lado para o outro a confundir as pessoas, tentando desacreditar a Paulo e ao seu ministério. E, como se isso não bastasse, Paulo esteve preso muitas vezes ficando, assim, impedido de fazer qualquer coisa, ainda que quisesse. Deve ter sido, incrivelmente, frustrante e preocupante ver o trabalho de uma vida inteira a dissipar-se perante os seus olhos. Mas, foi tudo isso que fez dele um escritor de cartas tão diligente. Além da oração, escrever cartas, foi um ponto decisivo da sua estratégia de fortalecimento e edificação da Igreja.Nas próximas leituras, vamos analisar porções das cartas de Paulo a cinco cidades diferentes — Roma, Galácia, Éfeso, Filipos e Colosso. Cada car-ta contém conselhos diferentes e comentários apropriados às necessidades particulares de cada local. Mas, as cartas contêm, também, temas fortes em comum, tais como as imutáveis Boas Novas de Jesus.Ao ler as cartas de Paulo podes perguntar: O que posso fazer para fortalecer e encorajar os cristãos à minha volta? De certa forma, as circunstâncias que Paulo estava a enfrentar eram muito diferentes das de hoje. Mas, por outro lado, são surpreendentemente semelhantes. Pede a Deus que te mostre como te podes juntar a Paulo na sua missão de edificar a Igreja.ORAÇÃOPai, obrigado por enviares o teu Filho para morrer por mim e o teu Espírito Santo para viver em mim. Quero que estes factos sejam as influências mais importantes na minha vida.

Texto(s) bíblico

A vida segundo o Espírito de Deus|Espírito Santo. Espírito do Senhor. Espírito de Deus.

1Mas agora não há condenação para os que estão unidos a Jesus Cristo. 2Com efeito, a lei do Espírito que dá a vida pela união com Jesus Cristo libertou-me da lei do pecado e da morte. 3De facto, Deus fez aquilo que a Lei de Moisés não podia fazer, por causa da fraqueza humana. Deus condenou o pecado na natureza humana ao enviar o seu Filho que veio com uma natureza semelhante à do homem pecador. Deste modo condenou o pecado. 4Deus fez assim para que pudéssemos cumprir o que a lei manda, pois já não vivemos conforme as inclinações da natureza humana, mas de acordo com o Espírito.

5Os que vivem conforme as inclinações da natureza humana deixam-se arrastar por elas, mas aqueles que vivem de acordo com o Espírito preocupam-se com aquilo que o Espírito quer. 6De facto, as inclinações da natureza humana levam à morte, mas aquilo que é do Espírito leva à vida e à paz. 7Os nossos instintos são inimigos de Deus, pois não obedecem à sua lei nem o podem fazer. 8Os que estão sujeitos a esses instintos são incapazes de agradar a Deus.

9Ora vocês já não estão sujeitos a esses instintos, mas ao Espírito, se de facto possuem o Espírito de Deus. Se alguém não tem o Espírito de Cristo não é de Cristo. 10Se Cristo está em vós, embora o vosso corpo esteja morto por causa do pecado, o Espírito dá-lhe vida por causa da justificação. 11Realmente, se têm o Espírito daquele que fez passar Jesus da morte para a vida, ele que o ressuscitou, também fará viver os vossos corpos mortais pelo seu Espírito que habita em vós. 12Portanto, meus irmãos, nós não devemos viver segundo as inclinações da natureza humana. 13Se viverem conforme tais inclinações, estão a caminhar para a morte; mas se pelo Espírito fizerem morrer as ações pecaminosas, então viverão. 14Todos os que são guiados pelo Espírito são filhos de Deus. 15E o Espírito que receberam não vos torna escravos nem medrosos, mas torna-vos filhos de Deus. É ele que nos faz exclamar: «Abba», que quer dizer «meu Pai». 16É o próprio Espírito que testemunha com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17E se nós somos seus filhos também somos seus herdeiros. Somos herdeiros de Deus juntamente com Cristo. Se sofremos com ele também tomaremos parte na sua glória.

Esperança na felicidade futura

18Julgo que os nossos sofrimentos de agora não têm comparação com a glória que depois havemos de ter. 19O mundo todo espera e deseja com ânsia essa manifestação dos filhos de Deus. 20Na verdade, o mundo ficou sujeito ao fracasso, não por sua vontade, mas porque era esse o plano de Deus. Entretanto, Deus manteve-o sempre nesta esperança: 21Um dia, o mundo será libertado da escravidão e da destruição, para tomar parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22Bem sabemos que até agora o mundo todo geme e sofre como se fossem dores de parto. 23Não é só o Universo, mas também nós que já começámos a receber os dons do Espírito. Nós sofremos e esperamos a hora de sermos adotados como filhos de Deus, a hora da nossa total libertação. 24De facto, nós já fomos salvos, mas é na esperança. Quando se vê aquilo que se espera, então já não é esperança. Pois como é que alguém espera aquilo que já está a ver? 25Mas se nós esperamos aquilo que ainda não vemos, esperamo-lo com paciência. 26Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda a nós que somos fracos. Com efeito, nós não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito pede a Deus por nós com gemidos indescritíveis. 27E Deus, que vê mesmo dentro dos próprios corações, conhece o que o Espírito deseja, porque este pede conforme os desejos de Deus em favor dos que lhe pertencem.

28Nós sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, dos que são chamados segundo o seu plano. 29Pois aqueles que Deus de antemão conheceu também os predestinou para serem semelhantes ao seu Filho. Desse modo, o Filho é o primeiro entre muitos irmãos. 30Deus chamou aqueles que predestinou. Aos que chamou, também justificou e aos que justificou também glorificou.

O maravilhoso amor de Deus

31Que mais diremos sobre isto? Se Deus está por nós, quem poderá estar contra nós? 32Ele que não nos recusou o seu próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós, não nos concederá com ele todos os dons? 33Quem poderá acusar aqueles que Deus escolheu, se Deus os declara inocentes?! 34Quem é que os pode condenar? Será porventura Cristo Jesus que morreu, e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, o qual também intercede por nós? 35Quem nos poderá separar do amor de Cristo? O sofrimento, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, os perigos, a morte? 36Como diz a Sagrada Escritura:

Por causa de ti estamos expostos à morte todos os dias.

Tratam-nos como ovelhas para o matadouro.

37Mas em tudo isto nós saímos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38Com efeito, eu tenho a certeza de que não há nada que nos possa separar do amor de Deus:

Nem a morte nem a vida;

nem os anjos nem outras forças ou poderes espirituais;

nem o presente nem o futuro;

39nem as forças do alto nem as do abismo.

Não há nada nem ninguém

que nos possa separar do amor

que Deus nos deu a conhecer

por nosso Senhor Jesus Cristo.

REFLEXÃO

Este capítulo faz-me lembrar os discursos do Dr. Martin Luther King. Paulo começa lenta e metodicamente e vai ganhando força, gradualmente, até que, no final, esta-mos todos de pé a gritar “Amém”! Para compreender esta passagem de uma forma criativa, tenta lê-la em voz alta, imaginando que estás a pregar para uma multidão.

Paulo inicia o seu “sermão” com a base do evangelho: Jesus Cristo venceu o pecado e a morte e, depois, deu-nos um novo Espírito (8:1-4). Mas, não chega, simplesmente, entender o evangelho; temos de permitir que afete, também, as nossas ações. Paulo continua e lembra-nos que não existe meio-termo; ou somos controlados pela nossa natureza pecaminosa ou somos controlados pelo Espírito Santo (8:5-17). Se dás por ti, a lutar para viver como um cristão, talvez ainda não tenhas, tomado uma decisão definitiva, acerca de quem é a influência que controla a tua vida.

Nem sempre é fácil fazer esta escolha. A vida é complicada e muitas das situações são ambíguas. Mas, o Espírito Santo é capaz de nos guiar mesmo quando não sabemos o que lhe pedir. Por vezes, aplico Romanos 8:26, literalmente. Quando me sinto esmagado por uma situação oro: “Espírito Santo, não sei qual é a resposta, mas gostaria de orar por…” e, depois, identifico a situação ou o nome da pessoa, várias vezes, e espero em silêncio. Muitas vezes, sinto mais o poder de Deus nestas alturas, do que se tivesse inventado uma “solução” para dizer a Deus.

Romanos 8:28, é um daqueles versículos que devemos, mesmo, memorizar. Mas, re-para, lá não diz que tudo vai ser bom, divertido ou correr bem na tua vida. A experiência de Paulo não foi essa (8:18, 35). Mas, Deus vai usar tudo — até as coisas más – para teu benefício, se lhe pertenceres. Ser cristão não vai tornar a tua vida mais fácil, mas, vai dar-te a certeza de que Deus, realmente, te ama e está no controlo da tua vida. É isto que nos torna mais do que vencedores (8:37).

APLICAÇÃO

Quais são as influências que controlam a tua vida? Que significado teria para ti, seres controlado pelo Espírito?

ORAÇÃO

Espírito Santo, existem tantas situações na minha vida e neste mundo para as quais não tenho resposta. Mas, sei que estás no controlo. Por isso, aqui estão algumas coisas pelas quais peço que ores por mim…

Sociedade Bíblica de Portugalv.4.18.8
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