Semear

Os cereais eram semeados nas semanas anteriores às primeiras chuvas de outono, em outubro. O agricultor caminhava pelo campo recém-arado e espalhava as sementes o mais uniformemente possível, usando um movimento de varredura. Levava as sementes numa sacola ou nas dobras da roupa.

Quando várias pessoas trabalhavam ao mesmo tempo, alguém podia caminhar atrás do arado para lançar a semente diretamente no sulco recém-arado. Há uma referência a isso em Isaías 28: 25, “Plantam fileiras de trigo e cevada”.

Também era possível fixar um tipo de funil ao arado, permitindo que as sementes deslizassem através do funil, ordenadamente, em fileiras na terra recém-arada.

Este método já estava em uso na Mesopotâmia no segundo milénio a.C. Segundo o apócrifo Livro dos Jubileus, do século II a.C, Abraão introduziu esse método de semear em Canaã.

Podia ser também que algumas sementes não caíssem no solo, mas entre as ervas daninhas ou nas rochas. Isto é bem ilustrado pela parábola do semeador em Mateus 13: 18-23, Marcos 4: 3-8 e Lucas 8: 4-15.

Na lei judaica, existem várias regras para semear. Por exemplo, em Levítico 25, diz que um agricultor pode semear por seis anos seguidos, mas não no sétimo ano. Naquele ano, o sabático, ele deve deixar o seu campo em pousio. De acordo com Levítico 19: 19, um agricultor não pode plantar diferentes culturas no mesmo campo.

Na Bíblia, os termos “semear” e “colher” são frequentemente usados ​​como metáfora de causa e consequência. Um verso bem conhecido de Oseias 8: 7 declara: “Quem semeia ventos colhe tempestades!!”

Na parábola do semeador, nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, a semente é uma metáfora para a palavra de Deus.