Atitudes para com a Bíblia

Há opiniões diferentes quanto ao estatuto da Bíblia. Para alguns, a Bíblia é a singular palavra de Deus, para outros é uma fonte de inspiração, para outros ainda é principalmente um clássico da cultura.

Para muitos judeus e cristãos, a Bíblia é a palavra de Deus. Com isto, não querem dizer que o próprio Deus escreveu o texto com a sua mão, ou que tenha ditado o texto palavra por palavra. Querem dizer que o próprio Deus fala através dos autores dos textos bíblicos. O que estes escrevem é o que Deus quer dizer ao povo. Neste sentido, a Bíblia é revelação de Deus à Humanidade.

Para os judeus, a palavra de Deus é a Bíblia hebraica. Os cristãos chamam à Bíblia hebraica Antigo Testamento. Consideram que tanto o Antigo como o Novo Testamento são a palavra de Deus. No entanto, nem todas as denominações cristãs têm exactamente a mesma Bíblia: a da Igreja Católica Romana tem mais livros do que a da maioria das igrejas protestantes, já que a Igreja Católica de Roma considera que os livros deuterocanónicos também são parte da Bíblia.

Durante séculos, a Bíblia tem sido fonte de inspiração para muitos leitores. Encontram inspiração na Bíblia para a sua fé em Deus, para as suas opiniões quanto à vida e à morte, para a pergunta “como devo viver a minha vida?”, e para outras questões. 

Há muitos valores presentes na sociedade que têm origem na Bíblia, e esta é uma parte integrante da cultura e arte ocidental.  A Bíblia deixou a sua marca em muitas disciplinas, incluindo as belas-artes, a música e a literatura. 

A Bíblia tem sido lida por muitas pessoas ao longo de muitos séculos. É vista como um clássico da literatura mundial, bem como a Ilíada e a Odisseia de Homero, por exemplo, ou as obras de Shakespeare.

Os livros que foram coligidos na Bíblia vêm da literatura antiga de Israel, do judaísmo clássico e do cristianismo primitivo. Sobreviveram aos séculos e muitas vezes lançam uma luz surpreendente sobre um mundo de há muito tempo atrás.